MAJU
Já fazem 3 dias que eu passei mal, nesses dias todos minha avó mal me deixou sair da cama. Eu praticamente vivo deitada, só saio do quarto pra comer.
— O médico disse uma semana de repouso absoluto.- minha avó argumentou quando reclamei.
— Deixa eu pelo menos ir dar uma volta vó, esse quarto tá me sufocando.
— Não.
Eu suspirei e me encostei na cabeceira da cama. Ela era cabeça dura demais, seguia à risca cada palavra do médico.
Eu já estava ficando cansada de ficar só deitada naquela cama o dia todo.— Eu preciso tomar sol também.- argumentei.
— Tudo bem, eu deixo você se sentar na varanda, só isso.
— Tá bom, tá bom. É melhor do que nada.
Ela colocou uma cadeira de balanço na varanda e eu me sentei, um minuto depois ela voltou com um apoio para meus pés.
— Vó, eu não tô doente.- resmunguei.
— É bom pra não deixar os pés inchados.
Eu suspirei e sorri pra ela.
Ela estava cuidando tão bem de mim que eu já estava ficando mal acostumada. Seria difícil me despedir dela.— Vou trazer um suco pra você.
Antes que eu reclamasse ela voltou pra dentro de casa. Soltei uma breve risada e olhei para a paisagem à minha frente.
A fazenda deles era bem extensa, tinha vários animais que ficavam soltos durante o dia vagando ali perto da casa.
Alguns minutos depois meu avô encostou a camionete perto do estábulo e veio na direção da casa.— Boa tarde vô.
— Boa tarde.- ele passou direto por mim e entrou.
Logo minha vó estava de volta com um copo de suco.
— Toma.
— Obrigada.
Eu sorri e tomei um gole do suco. Ela puxou uma cadeira e se sentou perto de mim.
Ficamos em silêncio por um tempo.— Você tem falado com seus pais?- ela perguntou de repente.
— Com minha mãe, meu pai ainda se nega a falar comigo.- suspirei.
— Eu entendo. Ele sempre foi cabeça dura com essas coisas, mas ele logo desiste.
— Minha mãe diz a mesma coisa.
— Querida, eu sei que eu não tenho nada a ver com suas escolhas e não tô aqui pra te julgar…
Eu suspirei e olhei pra ela.
— Mas?
— Mas você não acha que isso não foi um sinal de Deus? Quer dizer, você poderia ter perdido o bebê e o seu namorado jamais saberia.
— Ex namorado.- corrigi.
— Você tem que contar pra ele, querida. É um direito dele saber.
— Olha vó, eu agradeço sua preocupação, mas eu não quero falar disso tá bom.
Respirei fundo e me levantei, deixando o copo na mesinha.
— Vou me deitar.
Sai antes que ela dissesse mais alguma coisa e entrei em casa.
Era só o que me faltava, até ela me enchendo o saco com essa história. Passei pela cozinha, peguei um biscoito e subi pro meu quarto.◇●○◆○●◇●○◆○●◇
LUÍSA
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Você deveria estar aqui | CONCLUÍDA
Teen FictionE se o seu grande amor se mudasse de repente para um país distante? E se, aparentemente sem motivos, sua namorada te bloqueasse em todas as redes sociais e simplesmente sumisse? Será que o amor é mesmo capaz de superar qualquer obstáculo?