CAPÍTULO 17

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MAJU

Depois que os meninos foram embora, eu fui até o estábulo procurar o Pedro, já fazia alguns dias que a gente não se falava.
Tínhamos virado grandes amigos nos últimos dias. Saíamos para cavalgar sempre que minha avó deixava.
Ajudar nas tarefas da fazenda até ficou mais legal com ele ao meu lado.
Encontrei ele alimentando um dos cavalos.

— Oi estranho.

— E aí.- ele sorriu.

— Parece que já faz um século que eu não te vejo.

— Muita coisa pra fazer.

Ele terminou de alimentar o cavalo e saiu da coxia.

— Você merece férias.

— Fala isso para os seus avós.- ele riu.

— Vou falar.

— Como você está?

— Acho que bem...poderia ser pior né.

— Uma atitude positiva, quem diria.

Revirei os olhos e dei um tapa no braço dele.

— Tá a fim de ir até o lago?

— Claro, vou selar os cavalos.

Ajudei ele a selar dois cavalos e logo depois saímos pra cavalgar.
A propriedade dos meus avós era enorme, dava pra passar o dia todo cavalgando por ela.
Eu tinha aprendido a ver tudo aquilo como meu lar. Seria muito difícil me despedir quando chegasse a hora.
Depois de alguns minutos chegamos no pequeno lago e deixamos os cavalos pastando.

— Como vão as coisas com seu avô?

— A gente teve uma conversa e agora estamos nos dando bem.

— Que bom. E seus pais?

— Na mesma ainda…

— O que vai acontecer depois que o bebê nascer?

— Sinceramente eu não sei. Minha mãe não me contou essa parte do plano. Mas eu gosto de morar aqui, talvez eu fique definitivamente e ajude meus avós.

— Seria muito bom.

Ficamos conversando por longos minutos, eu quase não pensei na mensagem que tinha mandando para o Guilherme.
Estar com o Pedro meio que me desligava dos meus problemas. Ele tinha uma áurea tão boa e aconchegante.
Eu me sentia segura e confortável ao lado dele.
Quando começou a escurecer nós voltamos.

— Obrigada pela companhia.

— Imagina, quando precisar é só chamar.

Eu sorri e sai andando. Quando estava do lado de fora do estábulo meu celular apitou. Desbloqueei o mesmo e fui ler a mensagem.
O que eu li fez minhas pernas cederem e eu caí de joelhos na grama. Meu coração parecia partido em milhares de pedaços e minha garganta estava apertada.

A mensagem dizia: " Já segui minha vida. Não me procure mais por favor".
Anexada á foto tinha uma foto dele deitado no colo de outra mulher.

— Maria o que aconteceu?- Pedro veio correndo até mim pra me ajudar.

Eu não conseguia me mover, estava paralisada. Aquilo não podia ser real.
O celular caiu da minha mão e ficou jogado na grama ao meu lado. Meus olhos ficaram embaçados e eu pude sentir as lágrimas caindo por meu rosto.

Guilherme tinha finalmente me respondido. E a resposta dele tirou o mundo sob meus pés.

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