❝ Seu coração bate por outro ❞

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  Na noite as montanhas são frias, mas com o suor que tinha no corpo por subir a lombada não era tão ruim sentir o vento fazendo seus ossos tremerem. Além parecia a vontade com todo aquele lugar e surpreso com coisas que simples que todos já viram centenas de vezes, a grama verde e viva, as árvores e pássaros e o vento forte da montanha. 

   — Onde ficou esse tempo todo? — Perguntou Magnólia, respirando normalmente segurando os joelhos em sustento.

   — Descobrindo coisas novas, você sabia que as pessoas começam a ter cabelo branco na velhice. Ou aqueles bichanos fofos e gordos são chamados de gatos, e que tem um lugar nesse mundo que é frio e apenas gelo. Se chama antártica. — Coloca a mão na boca surpreso, animado com suas descobertas recentes. March solta um riso, se questionando mentalmente se Além é um ser humano. — E olhe isso aqui, é um aparelho que fala com você. — Remexendo seus bolsos ele apanha um aparelho pequeno.

   — Isso é um reprodutor de música. — Andando até o tronco de uma árvore Magnólia decai, as costas provavelmente sujas e com pequenos galhos enroscados em sua camiseta.

   — Genial. — Comenta boquiaberto, além olha para baixo atrás de si ao ouvir um estalar quando pisou. Um galho pequeno, ao lado muitas gipsófilas flores pequenas e brancas.

   O moreno agarra a primeira que tem em um arbusto, colocando em sua boca sem ao menos mastigar por alguns segundos e engolir. O semblante de March é misturado com uma confusão e careta, ela suspira. Ele realmente não é daqui.

  — Por que você fez isso Além? — Questiona baixo, analisando toda a forma do homem. Sua desconfiança está borbulhando em sua cabeça, sabendo de tudo que sabe e Slender dizendo sobre os mundos e criaturas. Ele deve ser um também, mas Magnólia possivelmente não quer ver isso agora. Ter um amigo que não te olhe com aqueles olhos de pena ou com medo de você, ela não quer aquele olhar,  aquela olhar de piedade, julgamento ou alerta pra qualquer momento que March irá explodir. Todos que a conhecem fizeram esse olhar, até seus pais fizeram. Menos Slender, e depois Além.

  — Parece comestível pra mim, por que?

  — Eu não sei, talvez seja. — Deu de ombros.

A paisagem é agradável, em cinco metros de distância tem um pico pontudo que abaixo tem a visão de toda a ladeira junto de árvore e perrysburg. Além está inquieto, entendiado ele mexe no aparelho que brilha na iluminação alta, uma aba aberta com várias palavras e imagens pequenas ao lado. We belong toghther ” . Seu dedo toca e uma melodia baixa transmite do eletrônico, Magnólia olha na direção dele e Além aponta para o aparelho em sua mão. March sorri com uma idéia chegando, se levanta limpando suas costas e a abaixo de seu quadril.

   — Vem, vamos dançar.  — Sorriu divertida puxando sua mão, o aparelho foi deixado ao lado da árvore que estava encostada antes.

   — E-eu não sei oque fazer. — Tropeça ao ser puxado.

  — Eu te ensino. — a menor com sua mão junto a dela desliza pela cintura, a outra e deixada no ar perto dos ombros com os dedos entrelaçados. — Pra frente, pra trás e depois roda é fácil.

   Magnólia colocou sua mão no pescoço de Além, não havia nada muito difícil em toda música eram apenas amigos dançando e ouvindo uma música tranquila, a letra era conhecida pelas palavras possessivas, mas era algo que ela poderia ignorar. O moreno olhou sem jeito mirando em seus próprios pés que seguiam o ritmo de March, ela sorriu pequeno a sua timidez. No refrão ele gira seu corpo, mãos apertadas, cabelos cacheados caindo no rosto do maior que fecha seus olhos junto a ela.

  You're my, my baby
And you'll always be
I swear by everything I own
You'll always, always be mine

  
  Seu peito bate ao dele e faces próximos um do outro, o braço em sua cintura mantém a proximidade e o ar gelado toca em seu rosto. Os pés ainda mantém um ritmo lendo, do lado do outro eles esmagam a grama contra as solas do sapato. Não há nada, nada na volta, nada de problemas só duas pessoas dançando em uma montanha escura. Vagalumes e insetos podem ver isso, ou sobrevoar ambos e eles não ligam.


   — Gosto dessa música. — Sussurra calmo.

  — Gosto da música.

  
  — Gosto de estar com você. — Sua mão é apertada, um sorriso brilhante e suave surgi em seu rosto.

  Os olhos conectados um ao outro, bicolores sutis que descem por seus lábios negros e cheios. Naquele momento, apenas naquele momento seu coração desejou estar apaixonada por alguém como Além. Alguém bom, ingênuo e calmo com perguntas que fazem rir, alguém que seja tão louco ou estranho quanto ela. A gentileza do mesmo deveria encanta-la, mas ela não consegue se apaixonar talvez apenas sentir uma atração naquele momento, ou querer retribuir de alguma maneira aquele afeto que ele tem.

Mesmo não admitindo ela já estava apaixonada, fascinada por uma pessoa que deveria sentir ódio e rancor por toda sua vida. Alguém que lhe destruiu e tirou quatro anos de sua vida, um ser de cabelos brancos e pretos olhos vermelhos hipnotizantes que consegue olhar até dentro de sua alma. Braços pálidos e fortes e mãos que quando tem força mostram suas veias saltadas, tirando o fôlego e a deixando boba e fascinada por alguém tão mau. Quando eme esta alí ela quer olhar pra ele, tocar e abraça-lo com ternura e isso a deixa doente. Gostar dele a deixa doente, ou maluca por sentir atração por algo que não é humano.

   — Magnólia está me ouvindo? — Piscando ela volta atenção para o mais velho.

  — Uhm, que?

— Eu estava te agradecendo, essa noite está sendo umas das melhores depois de tanto tempo. Obrigada. — Notou que a música continua a repetir. — Eu queria poder retribuir.

  De repente ela toca sua testa junto a dela, olhos fechados e narizes a centímetros.

  — Retribua.


  — Como? — Pergunta com receio, ela está perto e oque pode fazer o assusta. Ela já viu Hominix demostrando coisas desse tipo, algo como um tipo de amor. Ela não gosta dele assim, ele sabe. Seu coração bate por outro, e isso o machuca, porque esse outro não se importa com ninguém, fora que ele usa todos que estão ao seu redor para seu próprio benefício ou como um hobby. Um passatempo divertido de usar os humanos ou espécies, SlenderMan nunca foi alguém bom o suficiente para que o mesmo pudesse confiar.  

   — Me faça esquecer dele.

  Beije, tão perto apenas beije-o.

   Os olhos abrem e as respirações se misturam, apenas um único beijo e ela pensava que não iria rodar o nome dele em sua consciência tantas vezes. Os lábios minimamente se encostam, e o moreno fecha os olhos prendendo o ar.

  De repente ele se afasta, olhos arregalados e como se fosse sufocar com as mãos tremulas. Algo está errado, como se outra força empurrasse ele pra longe assim que fechou seus olhos.

 
    — Ora, ora ora. Oque temos aqui?


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𝐒𝐋𝐄𝐍𝐃𝐄𝐑 ― 𝙲𝚛𝚎𝚙𝚙𝚢𝚙𝚊𝚜𝚝Onde histórias criam vida. Descubra agora