A noite a Manu ficou de cozinhar. Eu disse a ela que gostava de parmegiana, então ela disse que faria. Ela sempre arranja um jeito de fazer eu me sentir especial.
Sai do banho e encontrei a Manu com uma toalha enrolada no cabelo como um turbante, cozinhando enquanto cantava alguma música que vinha do celular.
- Tá quase pronto mozão. - Ela disse e eu sorri.
- Quer ajuda? - Perguntei sentando na cadeira próximo a bancada.
- Não precisa.
- Eu queria saber cozinhar. - Disse olhando ela cozinhar. - Antes eu achava que você era cozinheira ou algo do tipo.
- Eu amo cozinhar. Depois que meu ex faleceu eu nunca mais cozinhei. Voltei a cozinhar para agradecer você. - Ela disse e seus olhos brilharam.
- Fico feliz que você esteja melhorando.
Jantamos e depois eu fui lavar a louça. Manu ficou na sala brincando com o Johnny. Ele estava tão feliz correndo em volta dela.
- Amanhã podíamos ir ao cinema? Eu pesquisei e vi que tem um aqui perto. - Disse secando as mãos e indo em direção a eles.
- Podemos, mas e o Johnny? - Ela perguntou e ele também me olhou.
- Acho que ele não vai poder ir não, mas é só umas 2 horinhas. Vamos passar o restante do dia com ele. - Disse.
- Tudo bem então. - Ela disse e sentou próxima a mim. - E qual filme vamos assistir?
- Não sei ainda, mas amanhã escolhemos. - Disse e a abracei, acho que nunca fui tão carinhoso assim. - Tô com sono já.
- Eu também. - Ela disse e o meu celular tocou, olhei a tela e vi que era a minha mãe. - Pode atender.
Me afastei um pouco dela e atendi a ligação. Minha mãe só queria saber se tínhamos chegado bem na praia. Eu comentei com ela que viajaria com uma amiga e agora ela está curiosa para saber quem é. Depois de alguns minutos ela desligou.
- Minha mãe. Ela só queria saber se estávamos bem. - Disse com vergonha.
- Ela sabe de mim?
- Eu comentei que viria com uma amiga.
- Que bonitinho. Deve ser legal ter uma mãe assim. - Ela sorriu sem vontade.
- A sua não é?
- Ela era. - Ela disse e sua expressão ficou triste.
- Era? - A questionei e ela concordou com a cabeça.
- Ela faleceu quando eu tinha 17 anos. Um pouquinho depois de eu conhecer meu ex. - Ela disse e eu senti muita tristeza na sua voz.
- E você não tem irmãos? - Perguntei e ela negou com a cabeça? - E seu pai?
- Nunca conheci.
- E você não tem contato com seus parentes? - Perguntei e ela negou com a cabeça.
- Não tenho ninguém. Minha família era a família dele e agora eu não tenho ninguém.
- Mas você não tem amigos? Nem no trabalho?
- Na verdade eu acho que eles também acham que eu sou culpada. Só não dizem porque estamos em um ambiente profissional. - Ela disse e ficou me olhando.
Sem pensar muito eu a abracei. Sinto tanta empatia por essa menina. Por mais que ela se faça de forte, sei que ela sente muito tudo isso que ela passou e passa, por isso pretendo ficar do seu lado sempre.
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Vizinha - T3ddy
Fanfiction🚫 Não autorizo adaptações 🚫 A chegada da nova vizinha vai mudar a vida dele