Cap 50

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Lucas e eu fomos até o apartamento do policial. Estávamos agitados, ansiosos e felizes por tudo ter dado certo. Era boa essa sensação de vitória.

- Congratulazioni, sorella. - Davi disse me abraçou.

- Parabéns, Manuela. - O policial disse.

- Antonella. - Eu disse com um meio sorriso e ele também sorriu.

- O que falta para tudo acabar? - Lucas disse e me abraçou de lado.

- Eu enviar as informações para o Coronel. Amanhã mesmo eu levo tudo. - O policial disse.

Ele disse e eu olhei sorrindo para o Lucas, nesse momento ouvimos um carro freiar bruscamente na rua. Davi olhou pela janela e então nos olhou assustado.

- O Rodrigo tá aqui. - Davi disse.

- Que merda, eles devem ter seguido o carro de vocês. - O policial disse guardando o seu notebook em uma mochila.

- E agora? - Perguntei confusa vendo a movimentação dos meninos.

- Vocês vão ter que fugir. Lucas leva a Antonella, eu fico aqui para despistar eles. - Davi disse.

- Não, você vai conosco. - Eu disse ao Davi.

- Sorella, devi andare. Andrà tutto bene e io starò bene. - Davi disse segurando meu rosto com as mão. - Fica com isso, Lucas. Protege ela. - Davi disse entregando sua arma ao Lucas.

- Gente, não quero estragar o clima, mas vocês precisam ir. - O policial disse e em seguida passou um caminho ao Lucas pelo qual poderíamos fugir, eu olhava para o Davi enquanto ele evitava o contato visual comigo. Não sei porquê, mas eu ficava aflita ao deixá-lo aqui.

- Vamos, amor. Tá na hora. - Lucas disse e me puxou pelo braço.

Antes de sair pela porta olhei pela última vez para o Davi, ele me olhou e sorriu fraco. Nesse momento meu coração despedaçou.

Lucas me puxou por um caminho diferente do qual entramos. Entramos em uma porta e em seguida Lucas abriu uma porta pequena que dava em um túnel. Entramos ali e ele fechou novamente a porta. Acho que era uma passagem secreta.

- Onde isso vai dar? - Perguntei ao Lucas.

- Na parte de trás do prédio. Por sorte eles não vão estar lá. - Lucas respondeu.

Nos movíamos deitados dentro daquele túnel, era como uma cena de um filme. O lugar era sujo, empoeirado. Eu sentia muita dor nos meus braços e pernas, ambos deviam estar muito arranhados. No final do túnel chegamos em uma sacada no segundo andar, Lucas pulou primeiro e me ajudou a pular também.

Caminhamos com cuidado até o nosso carro que estava estacionado ali, por sorte o estacionamos nos fundos do prédio e não na frente. Lucas acelerou o carro e fomos embora dali, de longe eu ouvia o grito das pessoas dentro do prédio. Era desesperador.

- Conseguimos. - Lucas gritou.

- Será que o Davi vai ficar bem? - Perguntei ao Lucas que me olhou e segurou minha mão.

- Claro que vai, amor. Ele é esperto, vai ficar bem. - Ele disse.

- Obrigada por ficar do meu lado. - Eu disse e apertei sua mão.

Vizinha - T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora