Cap 33

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Mais de um ano se passou depois que encontrei a Manuela, ou Antonela na Itália. Depois disso nos falamos algumas vezes, mas já tem uns 8 meses que ela não me liga.

Eu não fico triste, ou nada do tipo por ela não me ligar, não sou o tipo de cara que fica sofrendo por amor, muito menos por um amor que nem aconteceu. Nós apenas ficamos por alguns dias e eu me envolvi por sua história, mas nada disso importa mais. Eu já entendi que é perigoso estar com ela, por mais que eu adorasse esse perigo.

Eu estava vivendo minha vida normalmente, conheci algumas meninas nos últimos meses, mas nada que me prendesse. Nenhuma tinha um super traficante que trabalha com a polícia na sua cola.

As vezes eu sinto falta da loucura que a Manuela é.

No mais eu sigo trabalhando. Precisei me mudar do antigo apartamento porque tive problemas com os vizinhos. No final eu sei que vai ser sempre assim.

Eu estava voltando da academia quando percebi um homem caminhando atrás de mim, caminhei mais rápido, mas ele me alcançou. Não era comum um cara com moletom e capuz embaixo do sol de 34 graus e isso me deu medo. Quando se aproximou ele sacou uma arma do bolso do seu casaco e apontou para mim.

- Fica quieto e vem comigo. - Ele disse baixinho.

- O quê você quer comigo? - Perguntei enquanto ele me levava até um carro. - É sequestro? Se for a gente resolve aqui mesmo. Não precisa me levar. Me diz a quantia que você quer e eu transfiro para você agora.

Ele parecia não estar ouvindo o que eu dizia. Ele me colocou no banco do carona e deu a volta rapidamente no carro, eu tinha tempo de fugir, mas ele estava armado e provavelmente atiraria em mim.

Ele dirigiu o tempo todo com a arma apontada para mim. Eu procurava o tempo todo alguma viatura que eu pudesse pedir socorro, mas por algum motivo a rua estava deserta agora. Eu já estava em pânico.

Eu não sei por quanto tempo ele dirigiu ao certo, nem o lugar onde estávamos indo. Eu reconheci o caminho que ele pegou até o litoral, mas depois ele entrou em algumas estradas no meio do mato que não tinha nada próximo.

Eu não sei ao certo quanto tempo ficamos dentro do carro, mas acho que foi por cerca de 2 horas, eu tive diversas crises de pânico, mas o homem continuava indiferente.

Paramos em uma cabana no meio do nada. De longe eu ouvia o barulho das ondas do mar. Talvez em um momento de distração eu consiga fugir. Tudo dependerá dos próximos momentos.

- O que estamos fazendo aqui? - Perguntei.

- Tem alguém que quer te ver. - O homem respondeu me empurrando até dentro da cabana.

Era um lugar simples, mas era bonito. Uma cabana de madeira com janelas grandes de vidro, não se parece com o lugar onde um assassino faz suas vítimas.

O homem abriu a porta e me empurrou lá dentro.

- Stai attento con il mio amore. - Ouvi uma voz feminina e olhei confuso.

- Manuela? - Questionei.

Vizinha - T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora