Cap 15

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No dia seguinte ficamos a manhã toda no sol e a tarde fomos ao cinema. Assistimos um filme de comédia. Manu riu o filme todo, quase nem comeu a pipoca. Ela estava com um boné meu é as bochechas vermelhas do sol. Tão bonita.

Ela até jogou pipoca em um casal que beijou o filme inteiro, era dois adolescentes. Quando eles olharam para trás ela conseguiu disfarçar, infelizmente eu ri e entreguei que foi ela quem jogou e eles nos olharam feio para nós.

Depois do filme fui comprar um sorvete enquanto a Manu ficou jogando o restante da pipoca para alguns pássaros que estavam ali.

Comprei um sorvete de chocolate para mim e um de morango para ela. Enquanto a moça da barraquinha procurava o troco eu vi a Manu conversando com uma moça. A mulher segurava seu braço e quando a soltou Manuela virou as costas e saiu andando. A mulher ficou a olhando ir embora.

Eu fui atrás da Manu, mas ela não me esperou. Eu até a chamei, mas acho que ela nao ouviu. Ela caminhou rápido e eu não consegui acompanhá-la. Então desisti e fui para casa.

Quando cheguei a encontrei arrumando as malas no quarto. Ela estava ofegante.

- Tá tudo bem? - A olhei confuso.

- Não, não tá nada bem. Eu preciso ir embora daqui. - Ela disse colocando suas coisas na mala.

- Porquê? - Perguntei e ela não respondeu. - Manuela por quê?

- Lucas eu encontrei uma prima dele aqui. Eles vão vir atrás de mim. - Ela disse com os olhos cheios de lágrimas.

- Mas ela te ameaçou? - Perguntei nervoso por ela.

- Não, ela se fez de minha amiga. Disse que acreditava em mim. Mas Lucas, nenhum deles acreditam em mim. Eu preciso ir embora. - Ela disse e voltou a arrumar suas malas.

- Tudo bem, eu vou com você. Deixa eu arrumar minha mala. - Eu disse e saí do quarto.

Me sentei no sofá da sala e fiquei com as mãos apoiadas no rosto. Não queria que acabasse o final de semana assim. Eu preciso ajudar a Manu, preciso arrumar um jeito dela continuar perto de mim.

- Lucas, arrumei sua mala. Vamos? - Ela apareceu na sala com as duas malas.

- Vamos. - Eu disse ainda meio tonto.

- Leva a sua que eu levo o Johnny. - Ela disse entregando a minha mala.

Saímos do chalé e entramos no carro, a Manuela parecia tão triste que nem música quis ouvir. Ficou olhando pela janela com a cabeça deitada no banco. Até o Johnny sentiu que ela estava diferente, ficou olhando para ela.

Vizinha - T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora