Cap 43

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Acordei no dia seguinte ao lado do Lucas. Ele estava só de cueca com uma marca gigante de batom vermelho no peito, me olhei no espelho, meu batom não era vermelho. O olhei confusa.

Me olhei no espelho e percebi que eu estava apenas de lingerie, meu sutiã estava molhado e fedendo a álcool.

Acordei o Lucas na esperança que ele lembrasse de algo, mas ele não lembrava de nada. Ambos combinamos que as nossas últimas lembranças era de nós três chegando na festa.

Fomos até a sala para conversar com o Davi. Quem sabe ele lembraria de algo. Mas ao chegar lá nos deparamos com ele e uma menina dormindo no sofá, ambos nus. Lucas e eu automaticamente cobrimos os olhos enquanto eles se vestiam.

- Vocês são muito loucos. - A menina gritou empolgada.

- Por quê? - Perguntei confusa.

- Vocês beberam muito, vocês dois dançaram só de cueca na beira da piscina. - A menina disse apontando para o Lucas e o Davi. - E você queria pular pelado.

- Eu? Mas eu nunca fiz isso. - Lucas disse.

- Você sabe porque eu tô fedendo a álcool? - Perguntei.

- Você derramava bebida nos seus peitos para os caras beberem. - Ela disse e o Lucas pigarreou, eu coçei a nuca desconfortável.

- E porque ele está com essa marca de batom? - Perguntei apontando para o peito do Lucas.

- Eu não sei. - A menina deu de ombros. - Tinham várias meninas de batom vermelho ontem lá. - Ela respondeu e eu olhei com os olhos semicerrados para o Lucas.

- Cadê a bambina? - Davi gritou.

- Droga, Davi. Não sei. Você não lembra onde deixou? - Disse o ajudando a procurar.

- Claro que não Antonella, eu estava chapado. - Ele gritou comigo.

- Quem é bambina? - A menina perguntou.

- É a arma... - Lucas disse, mas eu interrompi.

- É a foto da filha dele. - Interrompi o que o Lucas estava dizendo. - Ele é muito apegado a menina.

- Eu posso ajudar a procurar. - A menina disse.

- Não, você vai embora. - Davi gritou e a menina o olhou assustada.

- Ragazza, é melhor você ir embora. - Eu pedi a ela.

- Eu adoro quando vocês falam em Italiano. - A menina disse rindo, ela claramente ainda estava bêbada.

Eu a guiei até a rua. Ela falava coisas desconexas. Ao passar pela garagem percebi que pelo menos o nosso carro estava ali.

- Encontrei. - Ouvi o Davi gritar assim que entrei em casa.

- Ainda bem. - Disse mais tranquila com a mão no peito.

- Nós fizemos a maior bobagem essa noite. Isso não pode acontecer nunca mais. Nós bêbados somos frágeis, se encontrassemos o Arthur, ele poderia ter nos matado. Além do mais, a gente se expôs demais. Isso não pode acontecer nunca mais. - Davi berrou.

Um silêncio muito grande se fez. A casa estava uma bagunça, nós estávamos um lixo. Tudo estava errado.

- Gente, eu fiquei pelado na festa. - Lucas disse me fazendo rir, automaticamente Lucas também gargalhou, aos poucos Davi também sorriu.

- Você tem toda razão, Davi, mas essa noite deve ter sido muito boa. - Eu disse por fim.

Vizinha - T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora