Depois deixarmos o Lucas em uma estação rodoviária, Davi e eu seguimos para encontrar o policial. O endereço que ele nos deu dava em um prédio que parecia abandonado, me arrepiei só de olhar aquele lugar.
- Será que é seguro? - Perguntei enquanto tirava o cinto de segurança.
- Acho que é. - Davi me olhou, sorriu e apontou para a arma que ele tinha na cintura.
- Se comporta com isso aí.
- Eu sempre me comporto, Antonella.
Ele disse e eu lembrei da vez que ele atirou em um cara que me assediou na Espanha. Achei exagerado, uma surra já serviria para dar uma lição no cara.
Entramos no prédio, o apartamento era o 37, o lugar era um pouco insalubre. Tinha teias de aranha, o chão rangia e várias manchas de mofo nas paredes. Não acredito que um policial more aqui.
Batemos na porta e esperamos o policial atender. A porta se abriu revelando um homem alto e bonito. Por segundos eu perdi a postura, mas lembrei que estava aqui para me vingar do cara que estragou minha vida. Foco Manuela.
- Alessandro e Manuela, é um prazer conhecê-los. - O homem disse assim que abriu a porta.
- Na verdade o nome dele é Davi e o meu Antonella. - Eu respondi entrando no apartamento e analisando aquela sujeira.
- Eu entendo. - O homem sorriu. - Estão felizes em estar de volta em seu país?
- Antonella. - Davi me olhou irritado com a situação.
- Nós somos italianos. Estamos de passagem pelo Brasil. - Eu respondi, não sabia até onde esse homem é confiável, não posso dizer que sou a Manuela, ele é policial antigo, com certeza deve ter algum gravador ou coisa do tipo esperando eu falar algo que me comprometa para ele ter provas contra mim. Enquanto eu for a Antonella estarei segura.
- Tudo bem, Antonella, já entendi que você não confia em mim. Mas sentem-se. - Ele disse e apontou para um sofá. Mesmo com nojo eu sentei. - Davi. - Ele apontou para o sofá.
- Eu estou bem aqui. - Davi respondeu.
- Por que você pretende nos ajudar? - O questionei.
- Eu quero crescer na corporação. Era para eu ser o sargento, mas o Souza roubou o meu cargo e ainda por cima ajuda traficante. Ele é desonesto. - O homem disse e Davi e eu ficamos o olhando. - Eu sei, não parece ser muito honesto eu ajudar uma foragida, mas eu acredito na inocência da Manuela.
- E como vamos fazer isso? - Perguntei.
- Precisamos gravar ele confessando que cometeu o crime. Para isso eu tenho algumas escutas, microcameras, microfones. Só precisamos saber a forma de agir. Acredito em nós time. - Ele respondeu sorrindo.
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Vizinha - T3ddy
Fanfiction🚫 Não autorizo adaptações 🚫 A chegada da nova vizinha vai mudar a vida dele