Cap 32

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- Você está tão diferente. - Disse ainda abraçado nela, eu conseguia ver o cabelo bem mais curto e claro.

- É pra combinar com a minha nova vida. - Ela soltou meu abraço e caminhou para dentro do quarto.

De longe eu podia ver que o seu estilo de se vestir também tinha mudado.

- Só você mesma, Manuela. - Disse e balancei a cabeça.

- Antonella, Lucas. Manuela morreu. - Ela disse com um sorriso sapeca.

- Esse é o seu novo nome?

- Sim, Antonella, Manuela, achei que a sonoridade ficaria parecida.

- E então, Antonella. - Disse e me aproximei dela. - Como está a vida na Europa?

- Ta o máximo. Conheci vários boys europeus. - Ela disse se aproximando de mim. - Nenhum tem o calor do brasileiro, mas da para o gasto.

É impressionante como ela mudou até o seu jeito de falar.

- Você sabe que tá todo mundo atrás de você no Brasil, não sabe? - A questionei.

- Sei, mas eles nunca vão me encontrar aqui. Eu tenho novos documentos, novo nome, nacionalidade italiana. - Ela disse e deu de ombros.

- Como você conseguiu tudo isso?

- Vir pra cá ou os documentos? Eu consegui fugir do Brasil com a ajuda de um amigo meu, ele é uma super celebridade lá, você acredita? - Ela disse e eu ri. - Ele me ajudou a despistar um policial corrupto que estava atrás de mim e o melhor, ele nem precisou se comprometer, só falou a verdade, pena que eu não estava mais no caminho que ele deu ao policial. Quanto aos documentos, meu antigo chefe me ajudou. - Ela disse e me abraçou. - E você como está?

- Vivendo a minha vida como antes. Gravando meus vídeos, esperando a ligação de uma italiana. - Eu a abracei de volta e ela riu.

- Scusa amore. - Ela disse e eu afaguei seu cabelo. - Por mim eu te ligaria todos os dias, passaria horas com você no telefone, mas eles podem estar vigiando seu celular. Além de me encontrar, isso te incriminaria também.

- Você sabe que se prejudicou muito fugindo, não sabe? - A perguntei abraçado nela. - Sabe que essa parada de identidade nova vai ser pior ainda.

- Eu fiz isso pela minha liberdade, Lucas. Eu não quero pagar por um crime que eu não cometi. - Ela disse olhando nos meus olhos, eu senti muita seriedade nela.

- Então você não vai voltar mais para o Brasil? - Perguntei, ela se soltou do abraço e parou na minha frente sorrindo. - O quê você está pensando Manuela?

- Antonella.

- Foda-se, o que tá passando nessa cabecinha? - Disse e apontei para sua cabeça.

- Eu não posso voltar agora, mas você pode vim me ver sempre. - Ela disse.

- Fazer o quê? Se essa é a única solução. - Disse e a beijei.

-  Ti voglio bene, amore mio. - Ela disse depois do beijo.

- Ah legal. - Disse sem entender o que ela falou.

- Eu amo você, meu amor. - Ela respondeu com os braços em volta do meu pescoço.

- Ah, eu também. - Respondi e a beijei novamente.

FIM

Vizinha - T3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora