Íris aprendera que gostava de observar o movimento lá fora pela janela, acalmava sua mente barulhenta por um tempo, o que era bom.
Bucky e Alpine desenvolveram um vínculo profundo nas últimas semanas, como se os dois se completassem, amigos.
— acho que nós poderiamos sair — Bucky solta
— nós já não saímos?— Íris pergunta tirando a atenção da janela e olhando o homem sentado no chão com as pernas cruzadas com um notebook no colo
— eu digo conhecer a cidade, fazer alguma coisa — ele explica.
Eles já estavam na Noruega a meses e só saiam do abrigo para conseguir mantimentos, Íris não via porque sair por outro motivo, os dois ainda estavam com medo.
— eu não sei..— ela disse incerta acariciando os pelos brancos da gata
— tem um museu duas quadras daqui — Bucky fala virando a tela do notebook para ela
— eu gosto de arte — ela disse olhando as informações do lugar
— eu sei — ele afirma
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Os dois entraram por uma saída de emergência do museu, vestidos como normalmente, com luvas e um casaco para se disfarçar, não podiam e não queriam chamar atenção.
Íris tinha passado o ultimo dia inquieta pela saída dos dois, olhava atenta para todos os lados, o medo de algum agente da hidra os achar era grande, presente e vivo.
— viu, é bonito — Bucky comenta olhando o grande museu ao lado dela
— eu estou com medo — adimite
— é só nós não nos separarmos — ele afirmou segurando a mão dela, um sinal de apoio, uma promessa de companhia.
Os dois começaram a andar pelo lugar, usando um ao outro como segurança, ainda de mãos dadas.
A barreira de ansiedade e preocupação dos dois começou a desabar lentamente enquanto eles observavam as pinturas do lugar, os dois são puros adimirantes da arte, não puderam evitar faze-lo
— é bonito — Íris afirmou olhando a pintura de um fiorde, que ela conhecia, ainda uma memória antiga de Yeva
— realmente — Bucky concorda olhando a riquesa de detalhes da pintura
— Magnus dizia que queria ser artista — ela comenta ainda sem poder tirar os olhos da beleza — ele só tinha quatro anos, mas jurava que conheceriam o nome dele, que faria pinturas que tirariam o folego das pessoas, mamãe dizia que ele seria o maior pintor que pisaria nessa terra e quer saber? Ele era horrivel nisso — disse rindo — ele tinha só quatro anos, nenhum de nós sequer conseguia pintar dentro das margens do desenho, mas ele tinha essa promessa interna de crescer, mamãe nos chamava de "pequenos sonhadores" ele era o melhor entre nós — pronuncia as palavras com cuidado
— ele teria sido alguém grande — Bucky fala olhando para o lado e vendo uma lágrima solitária cair nos olhos dela
— eu quero guardar isso na minha memória e imaginar que ele quem fez, que ele cresceu, estudou, evoluiu, amou e se foi calmamente — disse dando um pequeno sorriso para o quadro
— o nome do pintor é Magnus — Bucky diz olhando a assinatura no canto da tela
— é a Noruega, Buchanan, todo mundo se chama Magnus — ela disse limpando a lágrima e dando um sorriso para ele — vamos continuar?— chama e ele a segue pelo longo corredor de obras de arte
Os dois andaram calmamente pelo museu durante a tarde, na maior parte do tempo apenas admirando as belezas do lugar, as vezes um comentário sobre alguma escutura ou pintura.
Bucky apenas observou atentamente quando Íris teve uma pequena conversa com uma mulher sobre a tela que adimiravam. Era estranho ver ela falando Norueguês, a lingua natal dela e ao mesmo tempo era correto, como se sua voz tivesse sido feita para pronunciar aquelas palavras.
Os dois fizeram uma pequena passagem pela loja de lembrançinhas do lugar, não podiam compra nada que ocupasse muito espaço, mas Íris levou para sí um cartão postal com a pintura que em seu coração havia sido feita por Magnus, a pessoa com quem ela dividiu o útero e o melhor e menor período de sua vida.
— nós poderiamos usar uma fila preferêncial — Íris comenta enquanto os dois voltam para o abrigo
— o que?— Bucky pergunta saindo de seus pensamentos
— eu fiz um cálculo rápido, eu tenho 94 anos e você tem 98, Nós somos bem velhos — ela diz e é surpreendida por uma risada do homem, ela o olhou por um momento, ouvindo o som sincero de um tipo diferente de felicidade
— nós estamos na Noruega e nós somos velhos, muito velhos — ele diz ainda com uma voz risonha
— parece que as coisas se encaixam, não?— ela comenta dando um sorriso também
Continua..
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Aurora // Soldado Invernal {livro 01}
FanfictionO que ninguém sabia, era que antes da guerra, a Hidra e a KGB já tinham um projeto em comum. A teoria dos grandes números diz que quando uma ação é feita repetidas vezes, gera uma certa porcentagem de variáveis. A jornada de Íris de deixar de ser um...