Aurora e o homem que se chama Bucky estavam esperando o dia amanhecer, sentados no cômodo grande do lugar, os dois permaneciam em silêncio, imersos na guerra que sua mente travava.
A mulher ruiva na ponte era familiar, sabia que se tratava de Natasha Romanoff, Aurora não entendia porque, mas aquela sensação voltava quando lembrava de seu rosto, "casa".
A mulher disse coisas, coisas de mais, nomes de mais, queria que se lembrasse dela, dizia que a conhecia.
— você... lembra de alguma coisa? — o homem chamado Bucky perguntou a tirando de sua mente barulhenta
— não muito — mentiu — e você?—.
— pouco — o homem que se chama Bucky mentiu também
— acho que podemos sair — Aurora observou olhando o sol nascer vagarosamente.
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Aurora e o homem que se chama Bucky andavam pelas ruas de New York disfarçados, ambos com casacos, luvas e boné tentavam se encaixar com as pessoas que andava ocupadas de mais para os notar.
As mochilas pretas que ambos usavam carregava o não distante passado dos dois, seus uniformes e armas ainda sujos permaneciam em suas costas.
Os dois conseguiram entrar no grande museu usando uma porta de serviço, já que claramente suas coisas não passariam por uma revista, nem seus corpos repletos de metal passariam por um detector de metais e além disso, não podiam, não queriam ser reconhecidos.
Crianças aparentemente de uma excursão andavam agrupadas pelo museu, pessoas adimiravam a importante parte da história da América, Aurora achava todo o azul, branco e vermelho familiares, mas apenas seguiu o homem que se chama Bucky, já que parecia importante para ele.
— James — Aurora sussurrou lendo o nome do homem que seguia com uma explicação sobre sua vida — é você — falou e a memória veio em sua mente, as inúmeras vezes que lembrara esse nome no meio de missões.
— James Buchanan Barnes — ele falou baixinho, como uma prece
Bucky leu o mostruário de sua história completamente concentrado, Aurora apenas o observou, se sentiu intrusa alí, porém algo chamou sua atenção, a voz
—... foi um inverno pesado, Steve.. digo capitão Rogers — a voz disse e Aurora não pode evitar procurar de onde aquilo vinha, não pensou no perigo de ficar sozinha ou deixar o homem que se chama Bucky sozinho também, parecia um chamado.
Ela achou de onde a voz vinha, uma sala onde o vídeo passava, ela leu a identificação no canto da tela "Margaret Carter", ela conhecia esse nome, não se atreveu a pronuncia-lo, mas o conhecia, "Peggy".
Uma de suas primeiras memórias claras apareceu em sua mente naquele momento, ela e "Peggy", um apartamento cheio de plantas e colorido, estavam rindo, aquilo a cortou e a feriu mais do que qualquer ferimento que lembrava ter sofrido.
Logo o vídeo mudou, ela leu: "um dos únicos registros informais do acampamento de guerra do comando selvagem - Coronel Íris Carter".
"Hoje é primeiro de dezembro de 1937" a voz feminina fala e o coração de Aurora acelera mais do que parecia ser possível.
O rosto da mulher do vídeo parecia familiar, mas Aurora ainda não havia conseguido ver bem pela imagem, mas quando viu a mulher ao lado do homem moreno sua respiração saiu do compasso, ela a conhecia.
Não fazia sentido, se ela era Íris, porque Natasha havia a chamado de Aurora?.
Ela percebeu quando o homem que se chama Bucky se sentou ao seu lado, percebeu como sua respiração também parecia fora do compasso.
" o casamento também está fora de questão, Barnes" a Íris do vídeo diz se escorando na mesa e olhando o homem nos olhos, era claro que tinham infimidade, era claro que ela gostava de pronunciar o nome dele
"Por que o casamento está fora de questão?" Bucky pergunta se escorando também e a olhando profundamente, naquele vídeo exposto quase 70 anos depois era possível sentir o que se passava entre os jovens.
Aurora e o homem que se chama Bucky assistiram o vídeo por horas, repetidas e repetidas vezes, era como uma hipnose. Eram eles, não pareciam eles, mas eram.
Cada vez com mais perguntas, cada vez com menos respostas.
Continua...
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Aurora // Soldado Invernal {livro 01}
FanficO que ninguém sabia, era que antes da guerra, a Hidra e a KGB já tinham um projeto em comum. A teoria dos grandes números diz que quando uma ação é feita repetidas vezes, gera uma certa porcentagem de variáveis. A jornada de Íris de deixar de ser um...