■cap 22■

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Aurora e o soldado, ambos molhados e sujos subiam as escadas de incêndio de um prédio, Aurora apenas o seguia, não havia perguntado nada.

Ele entrou em um apartamento cheio de caixas e ela o acompanhou

- o ponto de encontro? - Aurora disse

- não tem ponto de encontro - o soldado respondeu se sentando em uma caixa

- o que vamos fazer? - Aurora perguntou incerta olhando o lugar à procura de alguma ameaça

- sair - o soldado respondeu

- sair - Aurora repetiu tentando entender a natureza da palavra.

Ela observou o soldado retirar as botas molhadas, a mente ainda distante com as palavras da mulher ruiva

- eu não quero voltar - Aurora disse incerta - eu acho..-.

- a hidra caiu - o soldado falou com o olhar focado em um ponto na parede

- onde estamos? - Aurora perguntou

- eu não sei, eu... eu só conhecia o caminho - respondeu sem a olhar

- podem nos achar - Aurora falou

- temos que sair - o soldado repetiu

- vamos sair... - Aurora repetiu.

- o homem na ponte - o Soldado começou - ele me chamou de um nome... de novo -.

- Bucky - Aurora pronunciou com cuidado, como se fosse um feitiço, que errado, causaria um desastre. O soldado a olhou por um momento, algo passou por seus olhos antes do olhar vazio e costumeiro voltar - você quer que eu te chame assim? - perguntou incerta

- ...sim - ele respondeu baixo - você tem um nome?- perguntou

- não - Aurora respondeu lembrando da mulher ruiva - você pode me chamar de Aurora - pronunciou cuidadosamente.

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- vamos para onde? - Aurora perguntou saindo do banheiro que o apartamento possuia, agora com os cabelos curtos na altura do ombro e pintados de preto. Usava uma calça leggin preta e uma blusa da mesma cor, a jaqueta e as luvas de esqui que agora eram dela estavam ainda no cômodo pequeno.

Os dois sabiam que não poderiam chamar atenção, são espiões, então seu primeiro passo foi pintar os longos fios brancos. A sorte é que o apartamento que o homem chamado Bucky parecia conhecer tinha muita coisa encaixotada, algumas muitas caixas depois e Aurora tinha um frasco de tinta bem antigo, mas era algo.

O homem que se chama Bucky, sentando com um notebook que havia roubado de algum dos vizinhos junto com uma muda de roupas que pudesse cobrir suas diferenças para cada a olhou rapidamente, algo familiar queimou no mesmo.

- tem um barco para a Groelândia pela tarde amanhã - respondeu

- a ultima base de lá foi desativada em 62, aparentemente território neutro - Aurora falou lembrando de algo que ouvira em algum momento - ...eu tenho que tirar o chip do seu braço - disse séria e ele olhou rapidamente seu braço prateado - tem um quite de ferramentas no banheiro, se quiser... - finalizou

- okay - o homem que se chama Bucky assentiu e Aurora voltou para o pequeno cômodo pegando a pequena caixa.

Aurora de alguma forma conhecia o braço, sabia como mecher, conhecia o zumbido metálico, cada pequena parte, conhecia as cicatrizes que o cercavam. Não foi difícil achar o pequeno chip e o destruir

- preciso que me ajude com isso - A mulher falou mostrando a pequena protuberância na parte interna do próprio braço

- não temos álcool para desinfetar algo - o homem que se chama Bucky observa o lugar, tentando não olhar diretamente as cicatrizes e as veias pretas nos braços dela

- preciso que arranque, não precisa de faca, o resto eu resolvo - respondeu séria.

O homem que se chama Buky segurou o braço dela fortemente, para parar a circulação e com o braço de metal, puxou o pequeno chip junto a fina parte de carne que o cobria. Aurora olhava seus movimentos sem demosntrar nada, apenas saiu do cômodo quando acabou, não se importou com o sangue que escorria ou com a imagem da carne sendo arranda de sí junto a pequena tecnologia.

Uma das ligas que usavam para prender facas em seu uniforme serviu de curativo temporário, apenas mais um machucado junto aos da missão.

- tem um lugar que eu preciso ir - o homem que se chama Bucky disse entrando no cômodo, agora vestido com o que roubara, uma calça jeans escura, uma blusa preta, uma jaqueta e luvas de esqui - uma exposição... o capitão América e.. e acho que é importante -.

- okay - Aurora respondeu sem o olhar

Continua...

Estou voltando para o ritmo de escrever rsrs, minha linha de frente (capítulos prontos não postados) é de dois capítulos, vou tentar chegar em dez no fim de semana, já que vou passar seis horas num avião, a idéia é  planejar uma maratona, postar 5 cap num dia só e dps voltar para o ritmo normal, ainda é só um pensamento, mas estou animada rsrs.

Obrigada por estarem lendo, comentando e votando na fic, estava olhando hoje e fiquei impressionada com o quanto isso está crescendo❤❤❤. Para quem não sabe, a fic começou como uma brincadeira para passar o tempo quando eu contraí covid em janeiro, escrevia no bloco de notas (também estavam bem deprimida) e foi um ponto de consolo quando perdi familiares para a pandemia, postar isso foi um pensamento aleatório e impulsivo depois de perder boa parte da história sem querer quando meu bloco de notas atualizou. Só queria dizer que sou grata pelo rumo que essa pequena parte da minha vida está tomando.

Aurora // Soldado Invernal {livro 01}Onde histórias criam vida. Descubra agora