▪︎cap 51▪︎

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O desenbarque do trem foi em silêncio, estavam cada um em seu mundo.

Não é interessante como nos momentos em que mais precisamos de companhia é quando vamos tentar nos afastar?

— eu acho que nós precisamos de um tempo — Bucky solta como uma facada

— você diz...?— Íris pergunta incerta

— não romanticamente — Bucky se corrige — digo para suavizar o rastro por onde passamos e.. e para pensar — fala

— okay — Íris responde sem demonstrar emoção — nós vamos ficar na cidade mesmo, ou vamos realmente ficar distantes?— perguntou disfarçando o nervosismo de ficar sozinha

— na cidade — ele diz já sentindo o extrago de suas palavras mal pensadas, a acidez subindo pela sua garganta

— eu vou comprar celulares descartáveis para o caso de emergências — Íris fala se afastando e entrando na pequena loja de conveniência da estação.

Ela não queria se separar, entendeu que cada um lida com o luto de forma diferente e Bucky talvez precisasse de um tempo de solidão, mas realmente não sabia se conseguiria ficar só, estava com raiva.

— esse é o seu, eu salvei o meu número — ela diz entregando o pacote à Bucky

— obri..—.

— eu vou ficar no Sul da cidade— Íris avisa antes de girar os calcanhares e ir embora com as mãos nos bolsos do casaco.

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Íris não andou muito até sentir que estava sendo observada, não sabia o quem era, mas tinha identificado três pontos de observação.

Ela não se surpreendeu quando três viúvas a encurralaram em uma rua mais vazia.

— vocês faltaram a aula de entrada dramática ou o que?— Íris questiona ganhando tempo para observar o porte das mulheres, possíveis estilos de luta e rotas de fuga

— vamos te levar de volta — a mulher negra fala

— nem morta — Íris responde pacificamente percebendo a roda que as três formavam em sua volta — honestamente, nenhuma de vocês realmente quer fazer isso, se quiserem fugir, eu ajudo, levo vocês comigo — fala honesta

— você está errada — a loira diz — nós queremos fazer isso — afirma e Íris entende que havia alguma espécie de controle diferente sobre elas.

Os restos de Aurora em Íris ainda reconheciam bem o estilo de luta das viúvas, o primeiro ataque que seria feito pela mulher ruiva atrás dela foi interceptado por um chute de Íris a jogando para trás.

— tinha tempo que eu não me alogava — comenta sentindo o incômodo em sua perna.

As duas outras viúvas logo tentaram ataques, tinha tempo que Íris não lutava, mas a memória de seu corpo ainda sabia o que fazia, tinha sido treinado para isso a vida inteira.

Seu corpo fez o trabalho sozinho, conseguiu pegar uma faca do uniforme de uma delas, conseguiu imobilizar a mulher negra e acertar uma facada no braço da loira, um aviso.

Íris recolheu armas e facas que achou importante, sempre tomando cuidado com qualquer tipo de rastreador.

Ela saiu do beco como se nada tivesse acontecido, apenas duas quadras dalí ela tirou o pequeno telefone do bolso.

O mesmo nem chamou direito antes de Bucky atender.

"Aconteceu alguma coisa?" Ele pergunta

" tem três pizzarias na zona sul, sabia?" Ela falou

"O que?" Perguntou confuso

"Não acho que sejam só três pizzarias" ela continua esperando esperançosamente que ele parasse de ser lerdo

"Você se drogou ou algo do tipo" Bucky pergunta confuso

" me encontra em New York em duas semanas" Iris bufa "estou sendo seguida" sussurra

"Não" Bucky diz sério "Cadê você, eu vou te achar e nós vamos juntos"

"Só me escuta" fala séria "eu posso lidar com isso" afirma

"Eu sei que pode, mas não precisa, onde você está" pergunta estressado

"New York em duas semanas, vá de trem o maior trajeto que puder e tome cuidado, vamos nos falando" ela fala antes de desligar o telefone.

Íris parou em uma farmácia para comprar tinta de cabelo antes de retomar a viagem, um castanho claro dessa vez, mas ela não estava indo extamente para New York.

Continua...

Aurora // Soldado Invernal {livro 01}Onde histórias criam vida. Descubra agora