{cap 111}

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Íris ignorou os preparos para o estalar de dedos.

Não tinha cabeça para isso.

Ela se sentou em uma cadeira no escritório, as paredes preenchidas por intermináveis cálculos sendo sua companhia e ficou lá.

uma respiração depois da outra.

inspira... espira... inspira...

sua mente voando em pensamentos

tossiu outra vez, a dor no interior de seu corpo cruel de mais para ser explicada

ela olhou o chão sujo de sangue ao seu redor

o rastro de água que havia deixado

"amor": o calcanhar de Aquiles de humanidade

— te achei, eles vão...— Steve para bruscamente ao ver sua situação — eu vou chamar um médico para você — diz a olhando com cuidado

— cala a porra da sua boca, Steve — Íris encara o metal das próprias mãos como se o estudasse

— posso?— ela não responde e mesmo assim ele puxa uma cadeira e se senta

— deveria ajudar seus amigos Vingadores— diz baixo

— minha coronel precisa de mim agora — relaxa a postura — quer falar? —.

— não — responde 

— você tem sido muito forte— Steve comenta

— eu tive escolha? — questiona com sarcasmo  — preciso que me conte alguma coisa boa — a voz sai quase em um sussurro

—okay, uma coisa boa... você vai ter uma desculpa para faltar terapia amanhã — tenta 

— você é uma merda, sabia? — ela se permite olhar o amigo, o olhos cinza, que pareciam cada vez mais brancos envoltos em olheiras fundas 

Íris tampou os ouvidos com força, surpreendendo Steve.

Os sentidos dela se aguçaram de forma quase torturante

Ela pôde sentir as emoções de cada um ali.

sentiu dor

sentiu ansiedade

sentiu medo

sentiu esperança

agonizante

— eles conseguiram — ela tenta controlar a respiração, sua cabeça parecia que explodiria — mas tem algo errado — ela capta e toda a base tremeu

— o que acha que...? — Steve se levanta pegando o escudo 

— sinto muitas coisas, Thanos está aqui— Íris se levanta, tentando se manter firme nas próprias pernas

— você fica aqui — Steve a ajuda a ficar em pé

— minha irmã morreu menos de uma hora atrás, Steve, eu tenho o direito de descarregar  minha raiva em um exercito inimigo — Íris extrai forças da própria terra

— só tenta não morrer, por favor— ele pede, já sabendo que não a convenceria de ficar

— é mais difícil me matar do que parece— o amargor claramente presente na voz


continua...

maratona 2/2

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Aurora // Soldado Invernal {livro 01}Onde histórias criam vida. Descubra agora