~Capítulo 13~

33 8 0
                                    

~Minho P.O.V.~

    A garota treinava todos os dias, mesmo que as nuvens tomassem o céu, mesmo que a terra estivesse encharcada, mesmo que raios caíssem. Isso deixava evidente a razão pela qual era teria sido escolhida, sua persistência era algo nobre mas não acho que duraria muito afinal, todo mortal tinha seu gatilho esperando para que fosse ativo para provocar o caos. Enquanto eu tentava pensar em uma forma de fazê-la desistir, ou perder o controle uma carta chegou á mim, a mesma estava selada com o brasão da luz me deixando curioso pelo conteúdo.

    Peguei uma de minhas adagas e cortei a parte de cima do envelope tirando o papel de dentro do mesmo. 

—Guerra?

(Han): Ela quer entrar em guerra? —Pergunta entrando no cômodo.

—Como sabe que ela escreveu a carta?

(Han): Creio que o Chan não escreveria depois do que fez com ela em cada um dos "pesadelos", ele viria até aqui e então declararia guerra sem muitos discursos.

—Faz sentido. Ele sempre quis protegê-la de tudo.

(Han): Bom, como reconheço que não vai fazê-la mudar de ideia, muito pelo contrário irá enfrentar isto, eu vou preparar o exército.

—Tudo bem.

    Ele saiu e fechou a porta. Então... Depois de todo esse tempo, com o passar de tantas luas, finalmente ela estava cansada de tudo que sentia. A guerra estava á caminho.

✩*⢄⢁✧ --------- ✧⡈⡠*✩

    E mais uma vez a lua reinava sobre as estrelas, como sempre mentalizei o quarto dela e em segundos já me encontrava nele, ela estava dormindo da mesma forma que em todas as noites, eu me sentei na janela enquanto a analisava, algumas lembranças de algum tempo atrás vieram e mesmo que tentasse as afastar parecia uma tentativa vã. Ouvi um suspiro e então seus olhos se abriram.

(S/N): Algo me diz que esse não foi obra sua, digo... O pesadelo.

—Dessa vez não. 

(S/N): Eu perguntaria o que faz aqui se já não soubesse. Então, por que?

—Precisa ver o que sua parte mortal pode fazer-lhe, ela lhe enfraquece, pode lhe matar sem pensar se existem consequências.

(S/N): É por isso? Todo esse tempo apenas para provar que seu pensamento é certo quanto aos mortais? Minho...

—Eles serão ingratos por tudo que fizer, não importa o quanto lute por eles, eles nunca verão nada do que fizer. Suas almas estão presas aos brilhos dos metais, eles não querem saber se existe vida, não se importam com o sofrimento que causam. 

(S/N): Mas matá-los não lhes ensinaria nada.

A Luz e a EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora