18 - Eu quis e gostei

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2k 》AVISO: esse capítulo contém cena hot

À noite, Odilon aparece com alguns outros licans, entre eles, Rodrigo, Roger e Danilo. Todos se reuniram ao redor de Gabriel, repetindo o ritual de cura da noite anterior. Dessa vez foram mais rápidos. Sabiam que Gabriel estava melhor e bem cuidado. Antes de saírem, cada um agradeceu à Cláudia por cuidar dele.

— Obrigada por cuidar dele. Estou rezando para que ele fique bem logo e para que vocês se entendam. Vocês dois tem muito o que viverem juntos e contribuírem com o nosso povo.

— Eu que devo agradecer, senhor Odilon, O senhor tem vindo cuidar dele e eu estou vendo como o Gabriel é importante para vocês. Ele passou o dia sendo visitado e com as pessoas mandando mensagens. É bonito ver como se importam com ele.

— Sim. O Gabriel é importante para todos nós. Desde que vocês se uniram ele teve alguns problemas, mas esperamos que isso melhore agora. Ele é um bom homem e tu é uma boa mulher. Vocês tem tudo para se entenderem e serem felizes juntos. Não deixe a felicidade fugir da vida de vocês por causa de problemas do passado. O que é do passado passou.

Cláudia arregalou os olhos e ficou muda. Ela podia não saber o quanto aquele lican sabia da sua história, mas ele sabia. Suas palavras foram certeiras. Vendo o efeito que tinha causado na fêmea, Odilon sorriu e se despediu, deixando a residência. Rodrigo, que assistia a cena, se aproximou. Gabriel foi o homem mais próximo dele nos últimos anos. O único que aguentava seu mal humor. Não foi fácil ver seu amigo sofrer por aquela remissa fêmea. Ele não podia deixar de dar uma cutucada nela.

— Cláudia, confesso que estou surpreso. Está cuidando bem do seu homem.

— Tu não esperava isso de mim, né?

— Não, eu confesso.

— Tudo bem. Eu não te culpo. Sei porque pensou isso. Acho que eu precisava passar por um choque... Eu precisava ver o quanto ele importava para mim.

— Espero que agora não precise mais disso — ele respondeu sério. Cláudia apenas balançou a cabeça sorrindo em resposta.

Um por um os licans foram se despedindo de Gabriel e Cláudia e foram embora. Pelo menos os outros não eram tão assustadores quanto o alfa. Aquele Rodrigo dava medo só com o olhar. Tão diferente de Gabriel, Cláudia pensou.

Depois que todos se foram, Cláudia voltou para o lado de Gabriel. Quando a viu voltando para o quarto, os olhos de Gabriel brilharam como se estivesse esperando que ela voltasse para a cama.

— Tu vai querer comer a sopa agora? Quer comer outra coisa?

— Qualquer coisa. Se tu vai me dar na boca de novo, eu como qualquer coisa que tu me der.

Cláudia não pode evitar de rir — Seu bobo.

Comeram, Cláudia o ajudou a ir até o banheiro para a higiene e depois a voltar para a cama. Por um tempo ele ficou sozinho na cama, Cláudia precisava terminar de lavar a louça.

Quando ela voltou para o quarto, ele franziu o cenho quando a viu entrar no banheiro para trocar de roupa. Ele tinha passado o dia nu naquela cama, só com uma coberta por cima, mesmo quando tinha visitas. Quando ela saiu do banheiro vestindo um pijama curto, deu a volta na cama e deitou ao seu lado, alheia ao seu pensamento.

— Deu. Acabou a função por hoje. Tu vai conseguir dormir? Passou o dia na cama...

— Eu vou. Contigo ao meu lado eu me sinto mais calmo. É como se estivesse tudo bem.

— Bobo. Eu posso apagar a luz?

— Pode.

Cláudia levantou para apagar a luz e quando virou para voltar para a cama viu que Gabriel tinha acendido a luz do abajur. Pensou que ele deve ter acendido para que ela pudesse enxergar ao voltar para a cama. Quando deitou, olhou para o homem ao seu lado e não disse nada. A pouca luz do abajur iluminava o suficiente para que pudessem ver seus rostos.

A Loba Ferida - Livro 3 da série Lobos do SulOnde histórias criam vida. Descubra agora