Colors

Rosa

Bonjour! ♥🦋

Amélie usará tudo o que aprendeu com os pais para ensinar Murilo! E Marta receberá uma singela surpresa que a deixará rosa de tanto amor!

Link do Autismo em Dia para quem quiser saber mais do assunto:
https://www.autismoemdia.com.br/blog/autismo-e-amizade/

Link da tradução da música de Édith Piaf:
https://m.letras.mus.br/edith-piaf/30686/traducao.html

Boa leitura!

- Mia Bitencourt

"Autismo e Amizade: superando os obstáculos.

O tema autismo e amizade é complexo. Todo mundo conhece o estereótipo do autista solitário e calado. Entretanto, é preciso ter em mente que nenhum autista é igual a outro, e que, boa parte deles consegue sim ter uma vida social saudável e com boas e fortes relações. - Autismo Em Dia. "

Quando se pensa em rosa, se pensa em amor. Não só a cor, mas às flores também! Rosa é também a paixão, é aquele sentimento verdadeiro que nos apossa em determinada parte da vida. O rosa é quando encontramos o amor e a paixão na mesma pessoa, rosa é reciprocidade, companheirismo, afeto!

Rosa é a cor do batom que ela usou, é o vestido com estrelinhas de Amélie, é a cor do sentimento que ela viveu quando conheceu seu amor em uma certa cidade chamada Genève que também pode ser vista em tons de rosa. Era a cor do enxoval da filha caçula.

Rosa era a cor das flores que vez ou outra ganhava do ex-marido quando ele tinha feito alguma besteira que a faria esbravejar.

- Olha, Mavie! Você era tão pequenina! - Mostrava um vestido da época que a caçula tinha seus cinco ou seis meses de vida.

Amélie olhou aquela pequena peça que cabia nem seu braço mais! Pensou, repensou, admirou. Ela não falou, achou tão bonito, harmonioso. Deixou a mãe falando sozinha e foi buscar uma de suas bonecas de porcelana francesa. Tinham algumas que estavam intactas dentro de suas caixas.

Amélie não brincava de bonecas, não brincava de casinha, nem de faz de conta. Mas, naquele dia, ela brincaria. Escolheu a boneca que achou mais bonita, era a mais antiga, com o vestidinho amarrotado, os cabelos desgrenhados, não era nova, tinha uma história. Amélie amava coisas com história.

Marta olhou a filha vindo afoita com a boneca em mãos, ela tinha tantas! Mandava trazer de todos os cantos do mundo, as mais bonitas, as mais caras, nunca tinha visto Amélie tocar nelas, nunca lhe chamaram a atenção, inclusive já havia desistido de comprar.

- Olha, mamãe! Serve direitinho! - Colocou o vestido na frente da boneca e com seus olhinhos pidões esperava a mãe deixá-la colocar.

- Por que escolheu essa? - Indagou Marta surpresa. - Você tem tantas!

- Ela é bonitinha, mamãe. - Explicou. - Posso? - Perguntou, ela embestou que queria colocar o vestido na boneca.

- Pode. - Permitiu. - Sabe de quem era essa boneca? - Indagou.

- Minha! - Falou como se fosse óbvio, tirou o vestido branco que a boneca usava.

- Antes ela tinha outra dona. - Explicou. - Olha. - Mostrou o nome bordado na barra do vestido da boneca.

- O que tá escrito, mamãe?! - Ainda era difícil juntar uma letra na outra e ler.

- Martina. Era assim que a sua avó me chamava. - Comentou sorrindo. - Ela bordou no vestido para que soubessem que era minha.

Amélie arqueou às sobrancelhas, a boneca era da mãe, ela tinha um apelido e uma mãe? Amélie nunca conheceu os avós! Nem sabia que tinha. Então... A mamãe já foi criança?! Queria saber tudo!