Bonjour! ♥🦋
Memórias... Aquelas que nos fazem sorrir, que nos trazem algo tão bom, entretanto, nem todas são assim e uma hora ou outra tudo vem à tona e temos somente um certeza: está na hora de resolver.
Desculpem a demora, minha vida está tão conturbada que escrever virou um desafio (talvez eu seja uma Medeiros de Mendonça e Albuquerque perdida!). "Continue a nadar, continue a nadar!"
Link do Autismo Em Dia para quem quiser saber mais sobre o assunto:
https://www.autismoemdia.com.br/blog/autismo-bullying/Boa leitura!
- Mia Bitencourt 🥀
"Autismo e bullying: Como ajudar a criança a lidar?
Infelizmente, autismo e bullying são duas coisas que andam juntas. E com uma frequência maior do que a gente gostaria de relatar. Crianças e adolescentes que estão no espectro têm, na maioria dos casos, algum tipo de comportamento que não está alinhado ao que praticam os neurotípicos. E isso, de fato, chama atenção de pessoas: das boas às mal intencionadas. - Autismo Em Dia"
"As lembranças com Amélie também eram felizes."
"Quem vive de passado, é museu!" todos já ouvimos essa frase que vem para tentar apagar nossas memórias. Quase sempre essas memórias são um reflexo do que nos tornamos, são um impacto ou uma sucessão de fatos que nos levaram a ser o que somos hoje. Sim, quem vive de passado é museu, não há problema algum nisso, nossas memórias são como obras de arte na exposição da vida, não podemos esquecê-las, mas podemos usá-las de inspiração para criar novas pinturas. Sejam felizes ou não, é impossível esquecer, não se apagam, se reescrevem.
A vida com Amélie era tão boa quanto admirar um quadro em alguma exposição de arte barroca. Era tão leve quanto ler um poema de Quintana. Era melodiosa como ouvir o canto de Piaf. Seu jeito doce de criança e seus olhos de esmeralda foram o pilar que manteve de pé um casal que estava mais separado do que junto. Ela era o único elo dos dois, era uma prova constante que houvera amor nos tempos que vez ou outra diziam ser de ouro, ou diamante. Contudo, arrisco dizer que foram tempos de esmeralda.
As esmeraldas são as pedras daqueles que nasceram em maio, uma tradição antiga. Ela é o renascimento, são as pedras que nos fazem deixar de lado o materialismo exasperado, nos faz abandonar certas coisas que ditamos ter valor, mas que são só uma desculpa esfarrapada para camuflar aquilo que realmente é inestimável. Mavie, nascida em maio, tinha no olhar as esmeraldas.
"Ah, mas ela herdou os olhos da mãe!" diziam os filhos mais velhos enciumados. Sim, genética é um bom argumento, um ótimo argumento. Entretanto, podemos ir por outro caminho que não necessariamente anula a ciência. Um lado poético de uma criança que com seu olhar esverdeado, quebrou aquela rocha materialista dos pais, da família. As esmeraldas de Amélie fizeram de Marta uma mulher mais calma, uma mulher que aprendeu na marra a usufruir daquilo que o dinheiro não compra. Fez José Alfredo ter paciência, admirar na vida o que realmente lhe fazia falta, o fez cuidar das suas verdadeiras joias. Ela precisou nascer com as esmeraldas no olhar para mudar o que precisava ser mudado.
Para entendermos o fim, precisamos compreender o começo e é isso que vamos fazer. Verde esmeralda, a cor do princípio. A cor da herança.
- Vem, Mavie, temos que ir! - Marta chamou a filha.
Notou o silêncio e nada da menina vir, ela havia retornado para o quarto? Oh, céus! Onde se enfiou? E Zé? Subiu às escadas e foi até o quarto da filha.
- Gente! Precisamos... - Sorriu de lado ao ver o que os dois estavam fazendo.
Amélie estava dormindo no colo do pai que também cochilava. Ressonavam! A imperatriz encostou-se na porta, lhe faltava coragem para acordá-los.

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Colors
FanficQuando Amélie nasceu, José Alfredo e Maria Marta já não tinham o mesmo relacionamento de antes. Assinaram o divórcio quando a menina tinha apenas um ano de idade. Zé, sem Marta, teve sua vida completamente transformada, entretanto, Marta seguiu, sem...