Preto

816 58 63
                                    

Bonjour! ♥🦋

Quando pensamos em preto logo lembramos do Comendador. Ele que se tornou o pilar de Marta, precisará encontrar na Imperatriz a sua paz.

Reciprocidade em meio ao caos. Em meio a um mundo completamente preto. Um Império necessitando de uma luz e um homem necessitando encontrar suas cores. Preto é ele. Preto é ela.

Link do AMAES para quem quiser saber mais sobre o assunto:
https://amaes.org.br/a-imensuravel-importancia-do-pai-no-desenvolvimento-dos-filhos/

Boa leitura!

- Mia Bitencourt

"A imensurável importância dos pais no desenvolvimento dos filhos:

É compreensível que a chegada de um filho modifica muita coisa na vida de qualquer responsável. Sendo esta criança atípica, implica muito mais exigências, mudanças de planos e expectativas. No entanto, esse é um momento de reflexão se tratando de um papel tão importante. Uma oportunidade que promove ganhos incapazes de medição na vida daqueles que desejam em ter a figura paterna, o maior tesouro de suas vidas.

O amor, a aceitação, a doação valem muito a pena. - Psicólogo Helder Sousa."

Quando pensamos em preto, pensamos em morte. Quando alguém morre, o vazio toma conta, a insegurança, o medo nos faz perder o foco, a segurança. O preto carrega consigo o luto, uma quebra de algo, a ausência. Uma das mais expressiva das cores, impessoal, angustiante. É uma luta interna.

É a cor que ela o ensinou a usar, o deixava sofisticado, tinha um certo requinte, o preto transformou aquele menino nordestino em um empresário temido. Isso é preto, é o temor. É a luxúria. É a ambição.

Quem acalma o preto? O branco. Por isso se dão tão bem e ao mesmo tempo tão mal. Ele é autoritário, severo, secreto, uma rocha que nada é capaz de destruir. Ela é a leveza, seus sentimentos são perceptíveis aos olhos de quem a conhece, uma flor delicada, ela é sábia. Quando misturamos o preto e o branco, temos o cinza. O cinza é o ponto fraco de ambas às cores, e, de certa forma, o ponto forte também.

Todos temos nossos tempos nebulosos. É impossível ser uma rocha o tempo todo.

- Como se sente? - Ele perguntou a Marta quando ela entrou no carro.

- Bem. Ainda tô processando tudo aquilo, mas, foi como tirar uma pedra do sapato. - Respondeu.

Ele sempre perguntava como ela estava, sempre. Depois do término com Edgar, Marta pode respirar aliviada, ficou um pouco chateada com a forma que ele descobriu, porém, não podia martelar naquilo. A vida precisava continuar. Isso é o preto, é camuflar o que sentimos. É esconder.

- Espero que ela se dê bem com a nova professora. - Comentou a mulher.

- Vai sim. Não se preocupe. - Sorriu.

Era o primeiro dia de aula de Mavie, ela estava quieta hoje. Voltaria a rotina, estaria envolta de pessoas todos os dias, teria que lidar com o novo, mesmo conhecendo a escola.

Teria uma pequena confraternização entre pais, alunos e professores. As crianças precisavam se habituar com os novos docentes. As famílias também precisavam se habituar com os mestres que cuidariam de seus filhos pelo restante do ano.

Pelo menos dessa vez Marta não iria sozinha, o comendador estaria com ela. As mães não eram muito receptivas com Marta, talvez pelo seu jeito esnobe ou por arrancar suspiros dos pais. Quem sabe porque ela era segura, tinha voz ativa e sabia se portar como uma verdadeira dama. A Imperatriz não precisava discutir, ela calava a boca de todos com apenas uma palavra bem dita e um olhar manipulador.

ColorsOnde histórias criam vida. Descubra agora