Colors

Preto & Branco

Bonjour! ♥🦋

O preconceito pode ser a ruína por trás de um diagnóstico. Nem sempre aprendemos a lidar com o lado diferente da vida! Como o nosso casal imperial lidará com isso nos primeiros instantes?

Link do Genial Care para quem quiser ler mais sobre o assunto: https://www.genialcare.com.br/blog/autismo-doen%C3%A7a-mental

Boa leitura!

- Mia Bitencourt

“Autismo é doença?

Pelo fato de não existir uma cura para o autismo, o TEA não é considerado doença. O que também faz com que ele não seja considerado uma doença mental. Ao contrário disso, o autismo é um transtorno ou uma condição e pessoas com autismo não precisam ser curadas. – Genial Care."

O homem olhou atentamente a ex-mulher, pelo seu semblante pode notar que as notícias não eram boas.

- Não vai me deixar entrar? – O comendador perguntou já impaciente.

Marta o deixou parado na porta e sentou na ponta da cama.

- Não devia ter desligado aquela porcaria de celular daquele jeito! – Resmungou enquanto trancava a porta. Sentou-se na poltrona próxima à cama, de frente para Marta. – O tempo passa e cê não muda! – Estava irritado e Marta estressada. Ela abaixou a cabeça, mexia nos anéis na tentativa de se distrair.

- Eu fui no médico da Amélie. – Disse em uníssono.

- É birra de criança, Marta. Amélie só é tímida e não tem problema algum gostar de desenhar! – Marta forçava os olhos na tentativa de não chorar. – Olha a Clara! Clara também desenhava e agora é designer! – O homem não calava a boca. – Cê fica com essas paranoias, querendo achar um defeito na menina!

- Ela é autista. – Uma frase dita em um sussurro quase inaudível.

- What? – José Alfredo não entendeu e a mulher juntou toda a sua força para dizer em voz alta e clara, ainda era difícil pronunciar tal palavra tão assustadora.

- Amélie é AUTISTA! – A ficha da imperatriz caiu ao ouvir aquilo de sua própria voz. Ok, era real. Tudo bem. Estava acontecendo. Iriam resolver. Tinha solução? Tratamento, alguma coisa para fazê-la “normal”? Tinha algo a ser feito? Tinha que ter!

O comendador deu um riso nervoso, achava Marta uma maluca.

- E o que é autismo? – Perguntou com descrença. – Algum tipo de birra nova que inventaram? Que esses médicos bestas que cê leva a menina criaram? – Ignorância. José Alfredo era um completo ignorante!

- José Alfredo, por favor, para. – Aquilo estava a matando, mas sabia que seria assim. Já esperava isso dele e não o julgaria, conhecia aquele homem como ninguém. - Eu pesquisei um pouco, é um transtorno. Amélie tem alguns problemas para se comunicar, ela vê o mundo de um jeito diferente, entende? – Tinha que achar uma forma extremamente simplificada para explicar para ele, explicar uma coisa que nem ela entendia.

- Tá querendo me dizer que minha filha vive no mundo da lua, Maria Marta? – Estava em negação.

- Nossa filha. Ela é NOSSA filha. – Passou às mãos nos cabelos. – Zé, deixa de ser ignorante! Chega! – Perdeu a paciência. O homem levantou-se. – Chega. – Implorou.

- E o que a gente vai fazer? Esse negócio tem tratamento, remédio, sei lá, alguma cura? – Indagou.

- Eu não sei! José Alfredo, eu não sei! – Estavam a ponto de explodir.