Life Goes On

Tempo

Voltei! E nem demorei, vocês que estão mal acostumados.

Ontem eu não consegui postar. Estava exausta, de verdade. Mentalmente mesmo. Cheguei em casa, deitei e dormi até hoje cedo, só acordei porquê lembrei que preciso pagar as contas hahahaha. Mas é isso, um dia após o outro.

Falando nisso, agora iremos começar alguns saltos no tempo (vocês não acharam que eu ia fazer vocês lerem todos os dias até elas se encontrarem, né? hahahaha), pequenos no começo, mas maiores depois. Então fiquem atentos. Quando a passagem de tempo for muito importante para a história, eu irei informar certinho no plot, então não se preocupem.

Aproveitem, comentem e lembrem-se de deixar meus biscoitos!

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- Gattaz, tão perguntando se você tá on ou tá off.

Carol pensou por alguns segundos, mas não teve tanta dificuldade de entender o que estava sendo pedido. Ela sorriu para si mesma enquanto lia algumas das outras perguntas que via pela hashtag que Sheilla havia criado. Algumas eram engraçadas, outras eram confusas, e algumas um pouco desnecessárias, mas Carol estava adorando participar de um daqueles negócios do Twitter que a Sheilla gostava de fazer.

- Eu? – Ela perguntou com uma risadinha, seguida rapidamente por uma engasgada característica. - Eu to off, né?

Sheilla e ela riram, e, apesar de não estar vendo a amiga, Gattaz sabia que ela devia estar com aquele sorriso largo de quando ela queria falar uma coisa e não podia. Ao mesmo tempo, sabia que ela mesma devia estar com uma expressão semelhante e acabou rindo de novo.

- Entendi, - Sheilla disse.

- O que? – Gattaz riu, lendo os comentários que começaram a subir na hashtag. - Ah, gente, to off, uai. Não vou falar mais nada, não. Não posso!

- Não pode mesmo, senão a... pessoa briga comigo e com você. – Sheilla parou de falar tão abruptamente que seria impossível não saber que ela quase falou o nome de alguém.

- Deus me livre, - Gattaz exclamou. - Me segura aí, Sheillinha.

- O que é nattaz, gente? – a amiga perguntou de repente.

X-X-X-X-X-X-X-X

- Tá off?

A voz da outa mulher estava carregada de bom humor e era possível perceber que ela estava segurando uma risada, o que fez Carol sorrir. Ela lançou uma olhada para o celular, que estava apoiado em um de seus tênis para que a câmera conseguisse firmar enquanto ela arrumava a mochila para o jogo. Rosa estava sentada na cama, era possível ver a cabeceira atrás dela, e ela estava usando seus óculos de grau, o que fez com que Gattaz passasse uns segundinhos a mais admirando a oposta.

- Eu to, né, Rosamaria, - Gattaz rebateu. - Eu não ia mentir.

Rosamaria soltou uma risada alegre, jogando a cabeça para trás, então balançou a cabeça quando olhou para Gattaz de novo. - Eu percebi que você não mentiu. Só não falou meu nome por um milagre.

- Claro que não! – Carol tentou se defender, mas já desviando o olhar, fingindo que estava procurando sua meia. - A galera perguntou, mas eu não falei nada.

Os próximos segundos foram de silêncio interrompidos apenas pelo som de Carol abrindo e fechando o zíper da mochila enquanto terminava de arrumar as coisas. Estava se preparando para o jogo contra o Praia, e sabia que tinha que sair dentro dos próximos dez minutos para não se atrasar, mas, mesmo assim, não conseguia encerrar a chamada de vídeo ainda. Fazia só três dias desde que Rosa havia voltado de sua viagem depois de passar três dias aproveitando Sardenha, e elas haviam feito chamada de vídeo todos os dias desde então. Mas isso não significava que ficava mais fácil dizer tchau, ainda mais quando Rosa estava daquele jeito (de óculos e com cara de sono).