16° Capítulo

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 Sakura on

Saio da sala da diretora junto com Ino que foi liberada junto comigo, quero me desculpar e dizer que tudo isso é algo que meus pais me mandam fazer, mas não posso. Tudo que eu podia ter eles tiraram de mim, ser 'a garota que ninguém gosta e que faz de tudo pra conseguir o que quer' não é fácil.

Ino: Você nem vai se desculpar, não é mesmo? - a olho, nem percebi que estava parada do lado de fora da sala em meus pensamentos.

- Adianta alguma coisa pedir desculpas?! Não vai mudar e nem anular minha suspensão. - ela parece querer falar algo mas saio andando, não quero conversar.

Quando eu era mais nova, meus pais me amavam e queriam que eu fosse a garota mais feliz do mundo, éramos muito pobres e não tínhamos tantas condições como hoje. Até meus 7 anos tenho boas lembranças, depois que completei 8 anos, meu pai, ganhou uma promoção em uma das empresas mais famosas da cidade, ele começou a ganhar e investir muito em dinheiro, saiu e criou a própria empresa a empresa Haruno, que é focada em carros automatizados.

Quando entrei numa escola de nível mais alto de escolaridade, comecei a sofrer bulling por alguns colegas, me chamavam principalmente de testuda. Nunca gostei de escolas particulares, diziam que eu estava contaminando o local, já que todos eram de classe alta e eu era a única que era pobre no passado.

Não sei porque crianças eram tão ruins a esse ponto, mas, graças ao bulling eu conheci a Hinata, ela era uma menina muito tímida e ficava nervosa de falar com outras pessoas, mas peguei uma amizade muito boa com ela, duas omegas que haviam se tornado amigas.

Até meus 12 anos, os meus pais aprovavam a minha amizade com a Hinata, mas, foi ficando perigoso para nós duas, ela estava com casamento arranjado para quando ela terminasse a faculdade, iria se casar com um descendente de uma empresa maior que a Haruno, a Uchiha, mas, meu pai também queria que eu casasse com um Uchiha, assim fazendo negócios com a empresa pertencente aos irmãos Sasuke e Itachi.

Acabamos nos relacionando as escondidas, Hinata e eu sempre conversávamos sobre tudo, incluindo os nossos pais que sempre tiveram esse preconceito, começamos a namorar, lembro de quando dizíamos que lutaríamos juntas por nosso amor, mas, um dia minha mãe me deu a seguinte ordem, conquistar o alfa Sasuke Uchiha, assim ele quebraria o contrato com a família Hyuuga e ficaria comprometido com a família Haruno.

Fiquei com Sasuke as escondidas de Hinata, ela entenderia se eu contasse, mas preferi dizer em outro momento. O Sasuke era o tipo de garoto que todos na escola eram loucos por ele, sedutor e bonito desde os 13 anos de idade, havia se mudado para o mesmo lugar onde estava. Nos tornamos amigos e depois namorados, eu não sentia nada por ele, mas, tudo precisava estar nos planos de meus pais.

Quando eu tinha meus 9 anos eu descobri os podres de minha família, eles eram lideres de uma gangue especializadas em caçar raposas extintas, não concordo e nem gosto de me envolver com esse tipo de coisa. Foi nessa época que tive uma visão da qual jamais vou esquecer, meu pai me dizendo para observar o que eles faziam, pois um dia eu iria continuar o serviço. Naquele dia eu vi ele usar um dispositivo que permitia ele causar dor e despertar raposas que estavam dentro de omegas, briguei com ele e tentei salvar a criança que estava ali, não me lembro do que aconteceu, nem sequer me lembro das características da criança que salvei, mas me lembro como se fosse hoje das palavras que meu pai falou.

Mas sem dúvidas a que mais me marcou e me faz repensar nas minhas atitudes é que não tenho escolha do que eu faço desde os 9 anos, sofro cada dia com a minha separação da Hinata, a única pessoa que me fez feliz. Penso rapidamente na frase que ouvi de meu pai.

"DE AGORA EM DIANTE, VOCÊ VAI FAZER TUDO QUE EU QUISER QUE FAÇA SAKURA"

Desde essa frase eu fui sujeita a várias coisas, até fazer sexo para pagar um agiota, esse no caso era meu professor, tive que fazer sexo e dizer coisas que eu jamais queria, fingir que estava amando quando na verdade só esfreguei meu corpo para não lembrar que fui sujeita a isso um dia.

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