The Revenge Of Megan

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—Lia acorda, vai se atrasar querida. — Tia Ana acaricia meus cabelos.

Abro os meus olhos e sinto que ambos estavam pesados, eu havia chorado a noite toda e provavelmente eles estariam inchados e com enormes olheiras.

—Posso não ir pra aula hoje? —Questiono  cansada.

—Você não está bem querida? Fique em casa se precisar. — Tia Ana leva as mãos em minha testa.

Me reviro na cama pensando e repensando se eu iria ou não para o colégio, olho para o relógio diversas vezes e logo decido me levantar para começar a me arruma. Pego meus tênis e jogo dentro de minha mochila, eu iria até o central Park correr a tarde e tentar encontrar aquela mesma senhora do chá.

Desço as escadas e todos me olham perplexo, eu estava péssima e com enormes olheira, pego algo na geladeira e beijo o topo da cabeça de Petter que me abre um sorriso, provavelmente tio Martin havia falado com ele.  

—Tem certeza que não quer ficar em casa querida? — Tio Martin me olha preocupado.

—Tenho. — Baixo o olhar cabisbaixa. 

Caminho em direção ao colégio com meus fones no ultimo, todos os olhares se voltam para mim, tento ignorar mas novamente as lagrimas rolam pelo meu rosto, eu me sentia envergonhada. Aperto o passo para entrar logo na sala de aula, eu iria sentar do outro lado da sala para não precisar ter contato com ninguém. Passo meus olhos do outro lado da sala e vejo que Susan estava sentada ao lado de Natan, ele também estava com os olhos inchados, eu nunca iria perdoar ele por ter feito aquilo.

As primeiras aulas estavam sendo um porre, a hora parecia não passar e eu só queria sair correndo dali, também estava ansiosa para ir correr e encontrar a velha do chá. 

—Com licença, só vim deixar o aluno. — Williams bate na porta acompanhado de Taylor.

Taylor vem em direção a fileira que eu estava, permaneço de cabeça baixa para não ter que olhar para o garoto. Conforme o professor da continuidade a aula reparo que o garoto não parava de me olhar, viro meu rosto em direção a ele e nossos olhos se encontram. Lagrimas teimosas novamente caem me fazendo desviar o olhar.

—Preciso ir ao banheiro. — Levanto minhas mãos para que o professor me notasse.

— Pode ir Freeman. — Ele fala e da continuidade a matéria.

Saio da sala de aula e corro em direção ao banheiro mais próximo do colégio, entro na ultima cabine e desabo . Eu estava com muita vergonha de toda situação, um turbilhão de sentimentos me invade.

—Lia eu sei que você está aí. — Taylor abre cabine por cabine até chegar a minha. — Sai pra gente poder... — Abro a porta com violência e deposito em Taylor uma bofetada.

— Vamos, venha com suas desculpas. Fala que sente muito, é isso que veio dizer? —Olho para Taylor com raiva? — Você sente muito? Eu também. — O garoto leva a mão no rosto e me olha cansado, eu não conseguia falar absolutamente nada, tento sair mas Taylor me puxa para seus braços afagando minha cabeça, o seu cheiro me embriaga.

—Eu vou ficar longe de você. Prometo! — Ele me solta e sai do banheiro, como se nada tivesse acontecido.

Ouço o sinal tocar e corro para sala de aula para pegar minhas coisas, e ir para o intervalo, havia um bilhete em minha mesa que dizia: Lia me encontre atrás das arquibancadas preciso te contar uma coisa... Susan. Aquela não era a caligrafia de Susan, mas resolvo ir até o local combinado, provavelmente a ruiva havia pedido para alguém escrever já que vivia fazendo muitas coisas ao mesmo tempo.

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