1 - Perda

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Gatilho: Morte

A saúde dela não estava boa, mas não poderíamos parar em nenhuma vila para pedir ajuda a algum médico, infelizmente por minha causa ela é uma renegada. 

Droga mãe! 

Paramos embaixo de uma árvore, apoio seu corpo no tronco, sentando ao seu lado, meu corpo não aguenta andar mais, preciso dormir, mas deixá-la sem vigilância é perigoso.

Luto até onde consigo até que durmo, sem sonhos ou lembranças.

— Filha. — sinto uma mão me chacoalhar levemente. Abro os olhos e sua mão está na minha boca. Assenti entendendo que era necessário manter o silêncio. — Preciso terminar o que falei, de hoje não passo. Nunca siga os passos do seu pai em busca da vingança. Por favor, procure uma aldeia e diga que se perdeu ou invente qualquer coisa, porém não conte que é filha de nukenin. 

Baixo a cabeça quando ela volta a tossir, meu coração está doendo, até que sua mão cai no chão, levanto deitando ela na grama e ao apoiar a cabeça suavemente em seu peito, não ouvi mais os batimentos, seu coração parou, juntei as mãos empurrando perto do coração para tentar trazê-la de volta enquanto as lágrimas caem.

— Mamãe! — forço mais e ela permanece imóvel. 

Sento pensando no que fazer, tentando manter a esperança que ela acorde e seja só um desmaio.

Mas seu corpo antes quente começa a ficar gelado e duro, ela realmente tinha morrido.

Me ajoelho abraçando seu corpo com meus pequenos braços, chorando baixinho e a cada minuto a agonia ia crescendo até não conseguir segurar mais nada dentro de mim.

— Mamãe! Não me deixa! — grito com toda a dor que estava ali presente. 

A respiração pesada estava quase me sufocando até que tempos depois as lágrimas secaram e eu precisava fazer alguma coisa em relação ao seu corpo, por não ter comido durante o dia todo, estava fraca para cavar uma cova e ninjas poderiam retirar seu corpo.

Só me restaria realizar um dos seus últimos desejos, cremação.

Abro a mochila, retirando as últimas argilas disponíveis, minhas bocas começam a mastigar, enquanto olho para seu corpo imóvel.

Mãe, não sei se serei capaz de não desejar vingança. Se o papai tivesse vivo, você nunca precisaria passar por tudo isso.

Assim que as bocas cospem a argila, espalho C1 ao redor do seu corpo, junto com pouco C2, ando para longe e me escondo atrás de uma árvore antes de fazer os sinais de mão e ativar a explosão.

— Perdão mamãe. — falo baixinho, para mim, volto ao local e ajoelhada faço um minuto de silêncio em respeito a mulher que me amou acima de tudo.

Preciso ir embora daqui, estou quase sem comida e a água acabou. Não sei para que falo seguir, então em frente talvez seja a solução, se morrer no caminho será lucro.

Dois dias depois

A última vez que tomei água foi no dia anterior, sem comida a um dia, sigo atravessando as árvores e não sei o que me mantém em pé até que um momento a floresta acaba e começo a andar até que três ou seis ninjas me abordam, a visão já estava desfocada.

— Quem é você e o que quer?

— Identifique-se. 

— Parem, ela vai…

Fecho os olhos e meu corpo desaba no chão, apagando.

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