11 - Envenenamento

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Hideki, na Vila da Folha

A ideia da Otsuke foi genial, porém sair do território do clã Hyuga sem no mínimo dois anbus na cola, seria assinar a sentença de morte. Atiro mais kunais enquanto penso nos detalhes para poder entrar em contato com alguém que possa me tirar daqui.

Assim que o sol se pôs, dois ninjas mascarados me escoltam até os meus "aposentos", ou melhor, até a minha cela. Assim que entro, eles trancam por fora, deixo passar algumas horas e do início ao plano, debaixo do colchão que estava no chão para dormir, tinha ervas venenosas que fui acumulando aos poucos durante o tempo que passei aqui, comecei a estudar venenos quando fugi da sala de interrogatório ou prisão na minha vila de origem, misturo elas e devagar o líquido vai se misturando, quando fica pronto, respiro fundo e tomo de uma vez.

— Se não me encontrarem logo, vou morrer, se o plano falhar, desculpa Otsuke.

Fecho os olhos e mergulho em um sono sem sonhos.

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Um barulho de conversa me força a abrir os olhos, devagar olho ao redor e estamos atravessando Konoha rápido demais, nos braços de um anbu.

— Ele acordou. — Kawaki estava do meu lado. — Fui pra treinar e você não tinha acordado, ao te encontrar estava febril demais e não acordava.

O veneno fez efeito então.

— Consegue falar? — nego para pergunta do anbu que nunca me preocupei em saber o nome. A ardência na boca estava intensa.

Em poucos minutos chegamos ao hospital, uma maca já estava preparada para mim, após me deitarem lá, correm para a sala de exames. Mantenho os olhos fechados, sinto a presença de alguém próximo a mim.

— Cade ele? O que aconteceu? — essa voz, o hokage está aqui.

— Envenenamento, não consigo identificar as plantas, são várias, seus batimentos estão abaixo do esperado, dificuldade para falar, precisamos de um especialista em venenos. O que faremos? — acho que exagerei na dose ao ouvir ela falar isso, a apreensão dela me assusta.

— Precisamos de um especialista em venenos. Chamem o Orochimaru, talvez ele saiba o antídoto. Vão!

Abro os olhos a tempo de ver dois anbus saindo e além de Kawaki, Boruto está ali também.

— Ele comeu as mesmas coisas que todos os Hyugas. — Boruto fala se colocando ao lado do pai.

— E só ele passou mal? Estranho isso, tô certo! — mania dele, será que a Otsuke tem a mania do Deidara?

Orochimaru chega com uma cópia mais nova dele.

— Se afastem. — não encosta em mim, mas começa a análise. O silêncio predomina no quarto.

— Estranho. — se vira para eles. — Só um especialista em venenos saberia fazer essa mistura, mais um pouco e ele teria morrido.

Então acertei na dose, morrer sem me vingar seria uma desonra a família.

— E agora? — a médica questiona.

— Podem me dar licença? Mitsuki, vá com Boruto. — eles saem e seu olhar se volta para mim. — Agora me diga, filho do Sasori, porque se colocou entre a vida e a morte?

Puxa um banquinho e senta de frente para mim.

— Você sabe… — não tem porque mentir para ele. — Já ouviu sobre o Edo Tensei?

— Tobirama Senju, a pergunta é, quem nunca ouviu falar dele? Esse jutsu é bem complicado. Mas qual o propósito?

— Não importa a dificuldade, vingança pelos nossos pais. — tento sentar e consigo.

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