Descendentes

7 - História do Deidara

Otsuke, na Vila Oculta da Areia

Acordei bem cedo devido ao sol que não dá descanso, recebendo uma chamada de Hideki. Tenho que dar um jeito de escrever essa carta e sair com a aranha sem que ninguém veja.

Ódio de terem selado as bocas das mãos, terei que usar a boca do rosto e o gosto de argila não é nem um pouco atrativo.

Após muita insistência, me deixaram ajudar em tarefas básicas, sempre com supervisão.

Enquanto passeava por lá para chamar um ninja, vi crianças correndo uma atrás das outras brincando, não sei o nome já que minha missão era sobreviver.

Alguns param para me olhar e começam a cochichar, baixo a cabeça e decido seguir logo a ordem do Kazekage.

— Moça? — olho para trás e tem uma menina bem fofa me encarando. — Por que você tá triste? — rio ao perceber que eu tinha esquecido de fingir estar bem.

— Sai daí Gabriele, ela é filha do Deidara. Papai contou. — se coloca na frente da menina.

— Mas ela não tem boca nas mãos! — aponta para minhas mãos que estão "limpas".

— Seu pai está certo e Gabriele, as bocas estão seladas, não tem como mostrar, mas posso contar como consegui as bocas. Na verdade como meu pai conseguiu. — mais crianças se aproximam, admirando a coragem da garotinha.

— Sim, conta. — senta no chão e o menino senta um pouco a frente, ainda com a intenção de protegê-la.

— Só me dêem alguns minutos, preciso cumprir um pedido antes. — o sinal toca. — No intervalo estarei aqui, aí contarei com calma.

Acenam e vão embora, a infância que minha mãe tentou me dar, brincando sempre, porém não conseguiu devido as saídas frequentes para buscar suprimentos, viver afastada me tornou mais isolada e fechada.

Sigo até uma biblioteca, entrego o pergaminho e ele me dá cinco livros, ao pegá-los parece chumbo.

Virei escrava do Gaara? Com um pássaro de argila, a vida seria mais fácil, sem carregar esse peso.

— Precisa de ajuda? — Apollo surge das sombras.

— Não, se isso for um teste, quero ser aprovada. — calo minha boca ao perceber o tanto de escada que teria que subir, por que tenho que ter o orgulho do meu pai.

Segundo minha mãe, Deidara preferia a morte a admitir que precisava de ajuda.

Após minutos que parecem horas, chego a sala dele, Apollo abre a porta e deixo tudo em cima da mesa.

— Posso ir? — ao olhar o relógio, vejo que em breve será o intervalo.

— Por que a pressa? — não levanta a cabeça.

— Compromisso Kazekage. — saio sem esperar autorização e Apollo fica se despedindo e provavelmente pedindo desculpas pelo meu comportamento.

— Ficou maluca? — aparece emparelhando a corrida.

Assim que chego a porta da escola, me jogo em uma árvore, morrendo de cansaço. Logo são liberadas e alguns se mantém afastados.

— Como o menino falou, sim, sou filha do Deidara. — crianças se interessam se for logo a história e não enrolar. — Deidara nasceu e cresceu na Vila Oculta da Pedra, graças ao seu kekkei genkai, se tornou o ninja mais poderoso do corpo de explosão da Pedra. É uma divisão especial da Anbu, desarmamento e explosão de bombas dos inimigos. — alguns já sentaram, mantendo a distância. — Sua arte era muito reconhecida, mas ele sempre almejava mais.