Hideki, filho do Sasori
Faz um tempo que estou no clã Hyuga, a princesa deles, Hinata, é esposa do hokage, não me deixam ir assistir os treinos da família principal e secundária. Quem deixaria? Sou de fora.
Preciso me fortalecer de alguma forma, para futuramente reunir pessoas como eu.
Nem que seja para conseguir ajuda e matar a mulher que tirou a vida do meu pai. Quem sabe me transformar em marionete.
Levanto de onde estou e vou passeando até achar um local de treinamento e kunais. Analiso o ambiente e localizo dois anbus, devagar vou até umas kunais, pego uma e lanço em direção ao alvo e por uma enorme distância, acabo errando.
— Você não é muito bom em lançamento de kunais não é? — me viro e uma menina me encara ao lado de um moleque, aparenta ter minha idade.
— Nunca precisei disso, agora que sou prisioneiro de vocês, não me resta muita coisa a fazer. — reviro os olhos.
— Você sofreu tortura? — o cara se pronuncia.
— Não. — do de ombros.
— Então pare de se lamentar. — a vontade de socar ele é enorme.
— Quem são vocês? — do as costas pegando outra kunai e lançando um pouco mais perto.
— Himawari Uzumaki. Descendente do clã Hyuga. — seu sorriso de alguma forma me incomodava.
— Kawaki Uzumaki, filho adotivo da família Uzumaki. — pega outra kunai e atingi o alvo, sorrindo em deboche.
— Vieram me vigiar? — ignoro a provocação. Errando mais uma vez.
— Não. Solidão nem sempre é bom e faz meses que está aqui sem interagir. — faz barulho e assim que me viro, estende um bolinho pra mim.
— Envenenado? — jogo no chão. — Quero não.
Kawaki me soca inesperadamente, penso na possibilidade de revidar, porém causar problemas ao hokage significa mais privação de liberdade, opto por deixar por isso mesmo.
Ao olhar pra menina, ela da alguns passos para trás, olhando o bolinho no chão, me sinto triste por saber que estava indo contra o que me foi ensinado, de tratar bem pessoas que não me fizeram mal.
— Eu como. — assim que ele morde, ela sorri feliz. — Tá muito bom. — estende pra mim.
Seu olhar dizia que se fizesse aquilo de novo, poderia dar adeus a minha vida.
Pego e sento no chão mesmo para comer, nunca tive luxos ou frescuras.
Um ano depois
Melhorei e muito nas habilidades corpo a corpo, Kawaki é muito bom de briga e não preciso ter medo de machucar ele. Hyugas da família secundária vem testar minhas habilidades sem as marionetes e não estou apto a vencer, porque recebo o punho suave facilmente.
A revolta que isso me trás é sem precedentes. Ao final do dia, tomo banho e vou para o quarto que deixaram para mim, afastado de todos, dois anbus mantém vigilância madrugada adentro.
Ninja sensorial, é a habilidade da minha mãe. Nunca usei direito por consumir chakra demais, mas acho que é o tempo de tentar.
Primeira tentativa falha e na segunda estabeleço conexão e conheço a Otsuke, filha do Deidara. Nenhum é nukenin, preciso dar um jeito de achar outros. Me despeço e caio esgotado.
No dia seguinte treino sem apresentar muito progresso, minha pontaria está quase perfeita, trabalho corporal melhor que antes, barras e abdominais são tranquilas de executar.
Mais um mês se passa, para que tenha certeza que não vou desmaiar assim que encerrar a conexão. Espero dar onze horas.
Se tiver alguém aí, herdeiros da kekkei genkai da Akatsuki. Somente os filhos podem ouvir essa transmissão.
Otsuke: Estou aqui.
Hideki: Certo, como estão as coisas aí?
Otsuke: Proibida de chegar perto de argila e andar como ninja, levando vida de civil. Odeio isso, fui criada para batalha.
Hideki: Tiraram minhas marionetes, estou fortalecendo o corpo. Mas não forte o suficiente para bater de frente com esse clã.
Otsuke: Preciso sair daqui, mas a vigilância é constante.
X: Oi? Alguém chamou?
Hideki: Calma aí. Quem é você?
Kopan: Kopan, filho do Pain e da Konan. E vocês?
Hideki: Hideki, filho do Sasori e Otsuke filha do Deidara.
Otsuke: Onde você está?
Kopan: Atualmente estou longe das cinco grandes nações. Vivo sozinho. E vocês?
Hideki: Otsuke na Areia e eu em Konoha.
Kopan: O que pretende?
Otsuke: Vingança de Konoha.
Kopan: Contem comigo. Até mais.
Otsuke e Hideki: Até.
Levanto sentindo um pouco de falta de ar. Então ainda faltam muitos para encontrar. Porém, percebi que manter conexão com dois é trabalhoso, então terá que ser um por vez, enquanto aumento a capacidade de comunicação.
Acordo com o sol batendo em meu rosto, me obrigando a levantar, aqui não toleram atrasos.
Cumprimento todos e sento para comer, não me deixam muito tempo sozinho e até entendo, uma menina me comparou com Neji, não sei nem quem é, do de ombros e sigo me alimentando, ia ajudar a recolher as coisas e não é permitido, me mandam ir para o campo de treinamento.
Se for fazer como quero, precisa ser uma comunicação pela manhã e outra a noite, assim terei o intervalo preciso para descanso.
Vou até uma árvore e me apoio sentado, fecho os olhos fingindo sonolência.
.
Hideki: Otsuke, rápido.Otsuke: An? Deixa eu ir pro banheiro, tô na sala do Kazekage.
Hideki: Apressa.
Otsuke: Pronto, o que aconteceu?
Hideki: Preciso que mande uma aranha de argila para encontrar mais descendentes. Só comigo vai demorar e fazer isso todos os dias esgota demais.
Otsuke: Falta os filhos do Itachi, Kizame, Tobi, Hidan, Kakuzu e Zetsu. Verei se posso ir despachar a aranha ainda hoje.
Hideki: Ótimo, preciso ir.
Sinto uma kunai vindo em minha direção e mesmo tonto consigo desviar a tempo.
— Um ninja nunca deve baixar a guarda. — a irmã mais nova da Hinata, Hanabi, acho que esse é seu nome.
— Ninja, nem aldeia tenho. — tiro a kunai da árvore e por muito pouco não acerto o centro do alvo.
— Você está em Konoha, o hokage permitiu sua estadia. — inicia uma competição.
— Vocês ficam sob vigilância constante da anbu? Precisam que fiquem de guarda enquanto faz as higienes ou dorme? — nega. — Então pronto, não me compare aos cidadãos daqui, sempre serei filho de renegado.
O silêncio prossegue até que consigo acertar o centro do alvo, comemoro pulando, mas uma questão vem a mente e volto a ficar sério para questionar.
— Hanabi Hyuga, posso fazer uma pergunta? — confirma. — Quem foi Neji?
— Meu primo e da Hinata que se sacrificou na guerra. Nasceu na família secundária e se mostrou o mais habilidoso ninja. — fica olhando para o céu e uma lágrima cai.
A lembrança ainda deve ser dolorosa e isso só me faz lembrar da morte da minha mãe.
Mãe e pai um dia a gente vai se encontrar, mas até lá, usarei todas as armas possíveis para matar aquela Uchiha.
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Descendentes
Fanfiction"Não importa quanto tempo leve, seguiremos o legado de nossos pais". O desejo deles nunca foi se tornarem nukenins, muito menos seguir com a maldição do ódio, mas as pessoas das vilas fizeram eles mudarem todo o rumo das suas vida. Ela o amava, mas...