3 - Condenação

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A primeira parte deste capítulo será narrado por Guilherme, o "segurança" da Otsuke.

Na biblioteca

— Otsuke olha o que… — estava com os livros que pudessem interessar aquela menina solitária.

Ela não estava mais ali e os boatos dela ser tão explosiva quanto o pai me faz temer que o pior pode ter acontecido.

— Calem a boca! — me irrito, são tão irresponsáveis. — Vão procurar o que fazer! 

Saio dali com os livros, procuro sua localização e pior que só tinha eu vigiando e vacilei deixando ela sozinha.

Mas sou da divisão de assassinato e não fui treinado para ser babá.

Que merda!

Os outros dois anbus saíram em missão, preciso comunicar o ocorrido ao Kazekage, mas o medo dela ter fugido ou alguém querer "vingar" o Mestre Gaara matando ela é grande.

Apresso o passo e olhando ao redor, preciso me manter calmo.

Chamo meu falcão de confiança, após escrever o recado em um papel e prendendo no ferro que estava na sua pata, libero e ele voa.

Respiro fundo, acionando o assassino dentro de mim, me abaixo analisando algumas pegadas, são compatíveis com seu tamanho e pela distância entre uma e outra, dava para perceber que saiu correndo.

Começo a correr até me aproximar do local, estava atrás de umas árvores quando o Kazekage e dois anbus aparecem, coloco o dedo na frente da boca pedindo silêncio e aponto para onde ela está e uma criança se aproxima.

— Kazekage… — ele levanta a mão quando o anbu tenta alertar.

— Vamos ver o que ela vai fazer. — sussura quase inaudível.

A criança é curiosa e bem educada, ouvimos Otsuke explicando sobre os criminosos de Rank S. Ele parece fascinado pelo modo simples que ela explica.

Até que se despedem e seu rosto se vira em nossa direção quando saímos de trás das árvores.

— Você não deveria ter saído sem segurança! — início a bronca. — Esperasse por mim! Tive que acionar o Kazekage por causa do seu desaparecimento e em nenhum momento foi permitido o contato com crianças!

— Guilherme, vai com calma. — o anbu da máscara com linhas vermelhas toca meu ombro.

— Calma? Quem iria sofrer punição por ter perdido a filha de um monstro seria eu e não você! — praticamente grito e só percebo o erro quando ela começa a bater palmas.

— Eu odeio você. — fala baixo. — Queria o que? Que eu ouvisse os insultos calada e permanecesse no local? Ou preferia que concordasse com os absurdos falados sobre meu pai?

— Otsuke, não concordo com o que foi dito, mas… — revira os olhos quando o Kazekage começa a falar.

— Eu não ligo, adianta acolher alguém se vão trata-lo pior que o maior criminoso do mundo? — suas mãos estão fechados em punhos. — Vocês nunca vão saber o que minha mãe passou pra que eu crescesse em paz, vocês falam de paz, mas qual o valor que vão dar em troca?

Lágrimas já escorrem dos seus olhos e eu me sinto um pouco mal, falei demais.

— Eu quero ir embora desse lugar. — baixa a cabeça.

— Não se foge dos problemas. — Mestre Kazekage fala calmamente.

— Me deixe em uma cela ou em um lugar bem isolado desse povo, eu odeio eles. — falava com tanta convicção desse sentimento que não trás nada de bom.

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