Capítulo seis.

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E por fim, após verificar mais uma vez a temperatura corporal do menor, Chanyeol foi embora para a própria casa.

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— Alô? Kyung?

''...''

— Não, amor, olha, você tem que pegar o violeta, o violeta! Não pode ser nenhum outro tom.

''...''

— Então vai em outra loja, porque não pode ser outra cor.

''...''

— Ok, qualquer coisa me liga.

— Seu namorado? – Chanyeol perguntou quando o menor desligou o telefone.

— Quê? Obvio que não. – revirou os olhos.

— Você o chamou de amor.

— Foi irônico. E eu não sou gay!

— Não? – o encarou por um momento.

— Não. – resmungou fazendo uma careta emburrada.

— Algum problema? – perguntou vendo a expressão do outro – Porque eu sou.

— Você é? – perguntou surpreso.

— Sim. - Chanyeol confessou e passou a intercalar seu olhar entre o rosto ao seu lado e a rua a frente, esperando pela reação do mais velho.

— A-ah... E-então, e-eu também sou... – confessou virando o rosto levemente avermelhado para a janela.

— Quê? Você também é gay só porque eu sou? – Chanyeol esperava que ele falasse tudo, menos aquilo. Já até havia se preparado para o possível preconceito. Se conheciam há meses, aquilo era um fato, entretanto, eles nunca chegaram a tocar no assunto relacionamentos.

— Não, idiota! Eu sou gay porque eu sou, só não falei antes porque não costumo sair falando isso assim. – disse rápido e emburrado.

— Não confia em mim?

— Não é isso, mas vai que você fosse preconceituoso?

— Hmm... Mas eu já sabia. – um sorrisinho apareceu nos lábios cheinhos.

— Como?

— Eu sei reconhecer quem gosta da mesma coisa que eu... E você não parece fazer questão de esconder muito, já reparei nos seus olhares pra cima de mim. – disse sorrindo travesso e olhando de relance para o menor.

— O-quê? Você tá louco?! Eu olhando pra você? – riu nervoso – Você é ridículo! Eu tenho bom gosto, ok?

— Não é isso que seus olhos dizem durante todas as vezes em que você fica me secando. – continuou convencido – Principalmente quando eu uso aquelas minhas calças mais apertadas, sabe?

Chanyeol dizia enquanto deslizava com sua mão livre pela própria coxa, sorrindo ao ver que os olhos do menor o traíam novamente e seguiam o caminho que sua mão fazia.

— Só se for nos seus sonhos, né, querido? – Baekhyun só queria sair correndo dali e se enfiar em um buraco. Então ele sempre percebeu seus olhares? Jurava que estava sempre sendo discreto! Mas talvez tenha passado tempo demais olhando para a boquinha cheinha e rosinha dele.

— Não foi nos meus sonhos não, foi bem verdade mesmo. – ele dizia sorrindo – Mas não se preocupe, também tenho interesse.

Baekhyun então o olhou confuso, entendendo o que ele queria dizer ao vê-lo lhe olhar com um sorrisinho e depois descer com os olhos por seu corpo.

O taxistaOnde histórias criam vida. Descubra agora