Vendida Pro Dono Do Morro

Capítulo N°37

Gabriel narrando:

Quando eu estava com a Júlia foi uma sensação de estar bem, eu queria ficar ali pra sempre com ela em meus braços.

Quando acordei acabei me assustando vendo a Júlia chorando, confesso que fiquei bem preocupado.

Júlia surtou dizendo que estava com medo, medo de mim, eu comecei a ficar puto porque já tinha me desculpado por ter batido nela, mais quando ela falou que não era aquilo e disse com umas palavras bem fortes aquilo acabou ficando na minha mente de uma forma estranha.

Júlia: Você é o pai da minha filha - gritou -

Essas palavras giram na minha cabeça e isso faz ela doer como se estivesse alguém batendo nela.

Eu acredito na Júlia, eu não sei porque mais acredito, além disso a menina e igual a mim, tava na minha cara e eu não sabia, na minha cara mesmo.

Júlia disse que ia voltar pra São Paulo e levar sua filha ou melhor nossa filha, eu sempre quis ter um herdeiro pro morro, mais fico muito feliz em saber que tenho uma pequena princesinha.

Falei que hoje passaria mais tarde na casa do Pedro pra pegar ela é resolvermos sobre isso.

Confesso que tenho medo, medo da reação da Maria, se ela não gostar de mim, aí eu sinceramente não sei oque fazer.

Montei na minha moto e fui pra boca, já começei a arrumar uns papel é ver quem devia e tinha que ser cobrado.

Passei o dia ali na minha sala resolvendo as coisas, vi que já era 6h e fui correndo em casa, tomei um banho geladissimo e coloquei uma calça e uma blusa com um tênis.

Peguei meu carro e desci pra pista e comigo foi só um vapor de moto, pois o apartamento era do lado da favela oque tornava mais perto.

Passei numa pizzaria que tinha ali do lado e levei uma pizza de calabresa.

Cheguei no apartamento e por incrível que pareça minha entrada tava liberada, fiquei surpreso com isso.

Entrei no elevador e subi até o andar da Júlia, bati na porta e esperei, segundos depois a porta foi aberta por Júlia, confesso que estava nervoso, medo, medo de ser rejeitado pela minha própria filha.

O apartamento era grande e bonito, sua decoração era incrível, Júlia sempre teve um bom gosto.

Júlia me levou até um quarto rosa de criança e me deixou lá com nossa filha.

Eu me senti mais calmo quando vi que a pequena estava me olhando e seus olhos brilhavam, eu nunca pensei que teria uma filha.

Acabei deixando cair uma lágrima e caiu mais ainda quando ouvi a seguinte frase.

Mali: papa tá tisti - disse me olhando -

Acabei puxando ela pra um abraço e ficando assim por alguns segundos, ela era morena dos olhos castanhos claros oque faz ela se parecer muito comigo, mais também lembra muito sua mãe.

Peguei em sua mãozinha e a levei até a sala, sentamos no sofá e comemos enquanto passava um desenho infantil na tv e a Mali parecia adorar, aproveitei e fiz sinal pra Júlia.

Fui pra varanda e ela veio atrás de mim, fiquei olhando em seus olhos castanhos, que brilhavam igual a Lua que aliás estava linda.

Júlia: Ooi será que poderia parar de me olhar assim - disse me tirando dos pensamentos -

Essa mulher é linda demais

Gabriel: Você tira toda minha atenção, já falei que depois que você foi embora não consegui tirar você da cabeça nem se quer por um segundo ? - falei me aproximando dela e levando minha mão até seu rosto -

Júlia: Gabriel não, nós combinamos que íamos conversar sobre nossa filha - disse mais continuava cedendo -

Gabriel: Nossa filha sim, vamos ter o tempo todo pra falar disso, agora eu preciso saber de você, quero tocar você - falei alisando seu rosto -

Júlia: Gabriel, eu não quero isso, eu não quero ser só mais uma que você dorme e depois vai embora - falou olhando bem no fundo dos meus olhos -

Gabriel: Júlia você acha que me conhece mais depois que você foi embora eu mudei, mudei muito, não consigo te tirar da mente esses 2 anos foi o suficiente pra mim saber que é você Júlia, é você que eu quero, quero ficar com você o resto da minha vida, eu você meu filho e nossa filha pra sempre Júlia - falei e puxei ela pra um beijo -

Não era qualquer beijo era aquele beijo que você não quer sair, eu realmente mudei depois que a Júlia foi embora, não conseguia ficar um minuto se quer sem pensar nela, sem deseja-la. O beijo não durou muito pois a Júlia se afastou e me olhou.

Júlia: Gabriel eu tenho medo... - disse me olhando -

Gabriel: Júlia eu não quero ninguém eu só quero você, ter você e meus filhos comigo e a única coisa que eu preciso, por vocês eu largo tudo -

Júlia: Não e isso Gabriel - gritou - Eu tenho medo de te perder, você sabe que a qualquer momento pode vir um e tentar algo contra você Gabriel -

Gabriel: Júlia eu sei que é difícil, que sempre tem ameaças e tudo, mais por vocês eu dou minha vida, eu quero garantir que vocês fiquem bem, eu não quero ficar pensando nisso de que algo possa acontecer comigo, eu tento ser durão mais eu também tenho medo, mais eu não vou deixar que nada, nada mesmo atrapalhe oque nós dois temos, porque eu sei que você também sente isso, principalmente quando te toco - falei me aproximando de volta e tocando em seu rosto o trazendo bem pra perto de mim - nós temos uma conexão incrível e não podemos deixar nada estragar isso Júlia, eu sei que já fiz merda demais, me perdoa por não ter ido atrás de você, me perdoa por tudo, Eu te amo Júlia.

Júlia: Gabriel eu preciso de um tempo pra pensar, e que no momento isso é tão confuso - disse -

Gabriel: Tudo bem Júlia, se você realmente gosta de mim vai saber oque fazer - falei e sai dali voltando pra sala -

Vi que minha princesinha estava dormindo peguei ela no colo e levei até seu quarto e dei um beijo no topo da sua cabeça, eu vou fazer de tudo pra ficarmos juntos minha princesinha.

Voltei pra sala e olhei pra Júlia que só observava aquilo, me aproximei dela e a mesma se afastou, apenas sai dali indo embora.

Eu sei que a Júlia me ama, eu sei que e tudo confuso mais ela vai entender.

Desci de escada mesmo e fui pra garagem aonde estava meu carro, entrei no mesmo e fui em direção a portaria, passei por ela e fui pela pista em direção a praia, queria pensar um pouco.

Meu celular tocou e tirei ele do bolso e coloquei nos ouvidos enquanto com a outra mão segurava o volante.

Do outro lado do telefone tinha uma voz grossa eu conhecia essa voz de algum lugar

Seus dias estão contados - quando fui responder desligaram -

Quando olhei pra frente vi um negócio enorme e preto, só senti algo forte... Como uma batida não consigo me lembrar de nada acabei desmaiando.

Vocês acham que a Júlia deve dar uma chance pro Gabriel?

Será que ele vai ficar bem???