Primeiro atrito

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Hey, votem muito! let's go!

Pov Gabriela

Descobrir que aquelas duas pessoinhas deitadas em meu peito eram sangue do meu sangue me deixou entorpecida. Sheilla havia me dado mais duas razões para viver, a primeira tendo sido ela. Lena e Lilly eram tudo o que eu poderia imaginar e querer em minhas filhas. Eram carinhosas, espertas e tão, tão perfeitas.

Claro que fiquei chateada com Sheilla por não ter me contado assim que descobriu, e olhando para ela agora deitada ao meu lado eu só conseguia amá-la ainda mais. Amanhã seria meu último dia com as tutucas antes que elas voltassem para Belo Horizonte com o Brandon. Pensar que ele esteve nas fases mais importantes como as primeiras palavras e primeiros passos deixava um amargo em minha boca, mas nada e nem ninguém me separaria das três novamente. Eu me asseguraria disso.

Dormimos depois do jantar já que as crianças estavam bem cansadas pelas brincadeiras do dia. Quer dizer Sheilla e Lilly dormiram e eu garanti que minha mulher descansasse o máximo possível, então estive alerta a qualquer chorinho de Lena durante a noite. Minha loirinha estava doentinha e muito manhosa. Ficou no meu colo praticamente desde a hora em que chegou no CDV e eu não poderia estar mais feliz de ter essa conexão com ela. Lilly foi outra surpresa. Sheilla havia me dito que das duas a moreninha era a mais independente e não muito versada a carinhos e ao ver que ela queria uma aproximação maior comigo mesmo sendo praticamente uma estranha me deixou extremamente contente.

Eu estava dormindo quando senti Lena um pouco inquieta, o que me acordou e a Sheilla. Sheilla colocou a mão em sua testa constatando que estava com febre novamente e então decidiu dar um banho morno na nossa pequena. Levou-a para o banheiro, retirou suas roupinhas ouvindo resmungos. Sabendo que ela não ficaria quieta no banho para que a água fizesse seu papel para abaixar a febre, conferi se Lilly estava bem e coloquei travesseiros em cada lado seu e segui em direção das outras duas retirando minhas roupas no caminho ficando apenas de cueca. Sheilla me olhou confusa, mas voltou sua atenção para a loirinha quando essa começou a chorar e se remexer em desconforto. Liguei o chuveiro em uma temperatura ideal para bebês e peguei Lena no colo que se agarrou ao meu pescoço ainda choramingando. Entrei debaixo da água com ela que se assustou num primeiro momento e eu a acalmei:

-Shhh meu amor, está tudo bem! - Beijei seu rostinho e ela foi se acalmando aos poucos enquanto eu cantarolava baixinho em seu ouvido.

Sheilla estava agora ao lado da porta nos olhando emotiva. Ela estava assim a alguns dias.

Ficamos mais alguns minutos no chuveiro até terminarmos o banho e Sheilla a enrolou numa toalha a secando e trocando em seguida. Resolvi terminar de tomar banho e me juntar a elas na cama. Depois de medicada e mais calma, Lena pediu mamadeira e Sheilla foi preparar uma fórmula. Me deitei ao lado das duas e Lena veio se deitar em meu peito. A ajeitei no meu colo para que ela pudesse mamar enquanto eu segurava a mamadeira. Seus olhos faziam contato com os meus o tempo inteiro e sua mãozinha acariciava meu rosto como se estivesse conhecendo e gravando. Quando acabou de mamar tive que ninar até que adormecesse. Nunca imaginei uma experiência mais maravilhosa do que ser mãe.

Assim conseguimos descansar um pouco até a hora do café da manhã. Quando acordaram, as gêmeas estavam animadas para brincar. Lena mesmo não estando 100% ainda disse estar com fome. 

No caminho para o refeitório encontramos Brait e Alice que correu para abraçar as amiguinhas e quando foi minha vez de ser abraçada um comportamento atípico aconteceu:

-Sai, meu e Lena!!- Lilly deu um pequeno empurrão na garotinha de olhos azuis que fez um biquinho de choro e Sheilla prontamente lhe chamou atenção com firmeza:

Fique comigo, G!POnde histórias criam vida. Descubra agora