Narradora: Às sete horas, Alessandra olhou pela vitrine da loja, observando a tempestade que caia lá fora. Estivera em casa, vestiu se para sair e retornou as pressas para a loja,para não deixar Maycon esperando por muito tempo.
Mas,pelo visto,ele não teve a mesma preocupação com ela.
Sete e cinco,sete e dez...e nem sinal dele.
As sete e quinze ela perdeu a paciência e disse alguma coisa imprópria para uma dama, antes de se preparar para sair.
Acabara de trancar a porta, quando viu um táxi. O carro deu uma freada brusca, parando em meio a rua,e quando a porta se abriu uma mão firme a puxou para dentro..
Então ele disse. Desculpe-me pelo atraso, peguei um táxi, porque fiquei preso pela chuva,por sorte,o espetáculo começar depois das oito, então chegaremos a tempo.
Então ela perguntou com um sorriso. Isso quer dizer que conseguiu os ingressos?!
Ele disse, lógico que sim, não duvidou de mim, não é?
Então com um certo receio, Alessandra disse. A quem você subornou?
Maycon franziu a testa. Não precisei chegar a tanto,fui um pouco mais sútil. não muito.
Estou impressionada.
E mais ainda ficou quando ao notar que Maycon não só conseguira as entradas como também um dos melhores lugares do teatro. Sem dúvida, aquele era um homem bem relacionado.
Ofereceu a Alessandra a cadeira mais próxima do palco,pois assim poderia ver o show de perto e também observa-la ao mesmo tempo.
Não era uma mulher bonita, concluiu. Talvez fosse esguia demais. Não que fosse magra. Tinha corpo de modelo,era elegante.ou pelo menos poderia ser,se cuidasse melhor da aparência,o que sem dúvida ela não fazia.
O vestido de chiffon que usava era adequado,e nada mais. Ia quase até os tornozelos e se ajustava com discrição ao seu corpo, revelando a graça de seus movimentos. No entanto, a cor vermelha não combinava com o tom de seus cabelos,que estavam soltos. Alessandra deveria tê-los prendido no alto da cabeça, pensou Maycon, assim, mostraria mais o rosto e valorizava o pescoço longo. Será que ela não tinha ninguém que a ajudasse nesse tipo de coisa?
As poucas jóias que pusera não combinavam entre si. Deveria usar ouro, não peças delicadas, mas fortes, que se harmonizassem com sua aura de poder.
Maycon adoraria cobri-la de jóias de ouro.
A constatação o fez lembrar da gargantilha etrusca, mas não pretendia estragar a primeira noite. Ao menos aquela discussão servira para quebrar o gelo deles.
O Dancing on Line era um musical moderno uma sátira sobre a internet,num estilo seco e cortante,com boas canções e dançarinos competentes. Os dois apreciaram o espetáculo e deixaram o teatro num clima de alegria.
A chuva tinha parado,e o táxi que Maycon chamara os aguardava .
Conheço um pequeno restaurante onde serve a melhor comida de Londres, Alessandra!
E assim Maycon a levou a um lugar do qual ela , uma Londrina, nunca ouvirá falar.
Para surpresa dela,a cozinha era Francesa,e não italiana.
Começava a compreender que o inusitado parecia ser a palavra-chave do jogo. Se Maycon pretendia lhe propor algo ultrajante, fazia mesmo sentido tentar deixá-la um pouco confusa antes.
Então ele fala. Eu deveria ter perguntado antes se você gostava de comida francesa, disse ele, ao se sentarem a uma mesa que ficava num canto tranquilo.
Gosto tanto quanto da comida italiana,respondeu ela em francês.
Claro você é uma cosmopolita. Em sua área de trabalho, não poderia deixar de ser. Também fala espanhol?
Sim além de grego e latim.
Grego moderno ou clássico?
Os dois.
Claro, Maycon sorriu e inclinou a cabeça,em sinal de respeito.
A comida era mesmo melhor,e Alessandra foi obrigada a marcar um ponto para ele. Maycon era uma companhia excelente,e a consultava sempre antes de dar suas sugestões.
Ela o deixou pedir o vinho,e a escolha de Maycon foram de seu total agrado.Continua....
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"PROPOSTA TENTADORA"
General FictionCasar com um homem rico não fazia parte dos planos de Alessandra.mas a pequena loja que ela possuía estava atolada em dívidas,quando o milionário italiano, Maycon Calvani , lhe fez uma proposta praticamente irrecusável!se Alessandra concordasse em v...