Capítulo 1.

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Oi gente... em meio a tanta dor dos últimos dias vim lhes trazer mais lágrimas... mas não disse por onde vocês irão derrama-lás.

Vai ser uma mescla interessante, passado na visão do shawn e futuro com a visão de ambos ou não... enfim, eu espero que gostem. Eu amo vocês, espero que todos estejam bem, porque eu tô péssima e quem me conhece sabe...
Agora sim, o primeiro capítulo da nossa nova era do Romance!!!!!!!

*****

Passado.

Eu vivo dizendo que tenho tempo para tudo. Que tenho tempo para ter dois estabelecimentos e cuidar dos dois frente a frente, tempo para sentar e degustar minhas comidas, tempo para apreciar um bom whisky com meus amigos, tempo para brincar com a Storm, tempo para foder com as garotas que aparecem todas as noites... eu sou um mentiroso, eu não tenho tempo eu apenas faço uma emenda na outra e assim minha vida vai seguindo um fluxo embaralhado, mas que é bom. Bom, porque eu simplesmente sinto que tudo isso é a maneira mais intensa que eu poderia viver, eu me agarro a essas coisas como se fossem as últimas, então estou sempre vivendo e aproveitando.
Nas sextas-feiras as coisas ficam malucas e até para respirar fica difícil, quero dizer: porque inventar ter um bar-boate? Me arrependo todas as noites. Ou melhor todas as sextas. Mas na quinta... é o meu dia de calmaria e apreciação. É o dia que eu não me sinto tão chefe e mais ser humano, quando subo ao palco para dar a minha palhinha de sempre eu sinto um renovo. A música também é como vida para mim.
Eu refletia tudo isso enquanto ajudava com alguns copos, prefiro mil vezes estar na ativa que ficar preso no escritório olhando para vários papéis, principalmente quando estávamos cheios e sempre precisavam de alguma ajuda.

— Hoje está cheio, hein chefinho? — seco a boca da caneca de vidro encarando a loira do meu lado.

Por que diabos que eu fui ouvir o Connor?

— Sim, Sylvie — a garota sorri para mim e de maneira sugestiva se abaixa para pegar alguma coisa que ela mesma derrubou, me dando assim, uma visão de sua bunda que era apertada em um jeans que desenhava seu corpo.

É uma bunda agradável.

Algum plano para hoje à noite? — Ela se levanta, ainda empinando o traseiro em minha direção, eu não sou de negar fogo a mulher alguma, mas Sylvie já passou na minha cama e repetir mais de duas vezes não é comigo.

Não.

— Sim — suspiro profundamente guardando a caneca no aparador. — Quero sair mais cedo hoje, aproveitar um pouco e descansar.

— Nós poderíamos aproveitar juntos — ela se aproxima e acaricia meu braço com o indicador. — O que acha?

— Olha Syl eu...

— Ei, Shawn! Pode atender aquela mesa para mim, por favor?

  Salvo pelo gongo, ou melhor pelo Jake, que falava por cima da música que nem estava tão alta assim.
Nem lhe respondi e saí em disparada deixando uma Syl para lá de frustrada. Eu sei que a culpa dela agir assim, é toda minha, mas poxa, quem fica de repeteco é gravador e papagaio. Ainda mais eu, que sei que essa garota é problema e quem precisa disso professor de matemática.
Depois de pegar os pedidos e trazer uma bandeja cheia de cerveja para uma mesa repleta de caras, virei-me com tudo e acabei esbarrando em alguém, era um rapaz, que não tinha nada a ver com o ambiente do meu bar, na verdade ele sequer parecia que já havia entrado em um algum dia de sua vida.

— Des-Desculpa — Ele pede todo atrapalhado e ao invés de ir em direção a alguma mesa, ele volta para o banheiro.

Apenas ri... não que eu julgue o estilo de ninguém mas aquele cabelo boi-lambeu estava entregando e muito sua virgindade, aquela camisa xadrez, no estilo social fechada até o último botão era um suicídio, a calça mostarda estava folgada demais para suas pernas e era notável que o cinto a mantinha lá no alto, firme; e posso afirmar que no momento em que ele entrou no banheiro às pressas eu vi suas meias daqui, acho até que minha avó tinha uma igual, dava para notar seu nervosismo de longe.

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