11| Entre ameaças e preocupações

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D O M I N I C

Os dias foram se passando tão rapidamente que ter a presença de Amber na minha casa se tornou algo normal. E estranhamente bom.

Não posso não admitir que ela está mexendo comigo, porque ela está. E isso é algo completamente fora da minha realidade. Sempre fui um homem capaz de administrar bem todos os meus desejos. Mas com ela, porra, isso vem se tornando uma coisa impossível.

Basta eu por meus olhos nela, com aquelas saias minúsculas, que mais parecem de colegiais que todo meu autocontrole se vai. Eu vivo dentro da minha própria casa com medo do rumo que as coisas podem tomar. Porque eu sei que depois que eu avançar, não conseguirei parar. Por nada. E ela é tão quebrada que não sei se sou capaz de lidar com isso. Na verdade, eu sei, só não quero admitir.

Além da enorme tensão sexual que existe entre nós dois, tem também o detalhe mais importante: ela gosta do meu filho. E depois que ela pareceu está preocupada com seu bem estar. Foi impossível não pensar em como seria a ter ali para sempre. Sim, eu fui louco a esse ponto. Minha mente está tão dominada por ela, que absolutamente tudo que eu faço no meu dia me leva a ela. Simplesmente tudo. E me ligar tanto assim a alguém como ela é praticamente ir em direção a morte. Mas o que me choca, é que eu não me importo. — deveria, eu sei.

Tentei de toda forma fingir que ela não era importante, mas agora, depois que mais uma ameaça chegou, eu vejo que quero a proteger de tudo.

A primeira ameaça veio a uma semana atrás, me pedindo para largar o caso dela, ou eu sofreria as consequências por isso. Obviamente não cumpri e a segunda chegou hoje.

“Brincar de casinha com uma assassina vai ser o seu maior erro.”

Essa me deixou mais nervoso que antes, e meu primeiro pensamento foi pedir ajuda a Petrus e Valentina. O que graças a Deus eles me atenderam e falaram que iam pesquisar sobre quem estava enviando esses bilhetes. Também me ofereceram alguns seguranças e claramente não pude recusar. Preciso pensar nela e no meu filho antes de tudo.

Me encosto na minha cadeira, jogando minha caneta em cima da mesa.

A audiência dela está se aproximando e eu to ficando muito nervoso com isso. Porque mesmo eu sentindo que tenho o domínio de tudo, parece que algo vai dar errado. E eu não quero falhar com ela. Não posso falhar com nenhuma das duas. 

Eu sinto uma necessidade de a proteger de tudo que possa acontecer. Principalmente depois de conviver com ela e perceber que por trás da assassina tem uma mulher que sofreu muito e que precisa ser cuidada. E eu quero ser essa pessoa. E pior, eu quero que ela me veja como um porto seguro. Porque eu já sinto que sou.

E eu vou fazer ela perceber isso. Independente de qualquer coisa. Ela virou muito mais que uma obrigação. E nesse momento, não me importo mais com isso.

Eu vou fazer de tudo para ter toda a sua confiança e no final fazê-la querer ficar comigo. Porque isso sim parece o certo. Nenhum julgamento no mundo me fará mudar de ideia sobre isso.

Sinto meu celular vibrar no meu bolso. Pego o aparelho e me surpreendo ao ver seu número. Não pensei que ela fosse usar tão rapidamente.

Assim que atendo, ela me diz algo que me deixa completamente fora de mim.b

(...)

Quando entro no meu apartamento, vejo Ana sentada no sofá, com as mãos em sua cabeça, me impedindo de ver seu rosto.

Passo meus olhos por Amber, que está com Ian em seu colo, bem alheio a situação que está acontecendo nesse momento. E eu realmente fico feliz com isso. Meu filho ser inocente é a coisa que mais me deixa bem.

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