16| Entre dúvidas e certezas

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DOMINIC

Durante todo o meu caminho na terra, eu sempre pensei bem antes de tomar qualquer decisão. Minha mãe costuma dizer que eu sou muito perfeccionista. E que uma das minhas maiores qualidades é não desistir.

Lembro-me bem de toda a minha trajetória.

Na minha infância, era o garoto que preferia brincar sozinho.

Na adolescência, queria estudar e me destacar.

Na vida adulta, não aceito perder.

Por isso, não posso permitir que erros aconteçam. Não posso falhar com elas. Sei que todos ao meu redor tentam encontrar um sentido para ter confiado tanto em alguém como Amber para conviver na minha casa, com meu filho. Eu sinto nos olhares o julgamento, esperando um erro dela para dizer que avisou. Mas isso nunca aconteceu. E eu sinto que nunca vai.

Antes de a conhecer, eu tinha um certo receio, mas evitei deixar isso aparecer. Eu precisava que ela confiasse em mim para tudo dar certo. E hoje, eu sinto que tenho isso dela, mesmo que nunca tenha me dito em palavras. Apenas o fato dela me deixar chegar tão perto, significa muito.

Tentei não me encantar pelo seu jeito. Tentei não cair na tentação. Mas porra, a mulher coloca roupas meigas e completamente sensuais, me dando a chance de imaginar vários cenários que envolve nós dois. Foi impossível resistir. E agora, depois que provei seus lábios, sinto que ela me tem nas mãos. E isso pode não ser bom.

Depois da nossa pequena discussão ontem, ela mais uma vez foi para o quarto e se escondeu lá durante o resto do dia. A chamei para jantar e fui completamente ignorado. Optei por deixar ela quieta e fui estudar um pouco mais sobre o seu caso. Diante de tudo que aconteceu ontem e com a ajuda da irmã dela, posso praticamente dizer que hoje sairemos do tribunal com ela livre. E espero de verdade que depois disso, ela não resolva sumir. Não sei se quero isso. Não depois que percebi que a quero.

Espero pacientemente ela sair do seu quarto, ficando nervoso com a demora. Acho que ela precisa saber que não podemos chegar atrasados.

Penso em ir a chamar, mas antes que me levante, ela parece na minha frente. Linda como sempre.

— Estou pronta.

— Percebi… Vamos?

Percebo que ela não consegue olhar nos meus olhos. O que significa que ela está me evitando ao máximo. Não gosto disso. Essa barreira que ela está colocando entre nós é um saco. Bufo, puto com isso.

Pego minhas chaves e os documentos necessários. Passando por ela, tendo a sorte de sentir seu perfume, incrivelmente delicioso.

Tudo nela é. 

— Posso te fazer uma pergunta? — quebra o silêncio um pouco incômodo no elevador. Aceno positivamente para ela — Onde você deixou Ian?

Olho em seus olhos, percebendo a sua preocupação. Gosto disso

— Na casa da minha mãe… Não tive como ir buscar ele ontem, mas hoje, depois que de tudo, irei.

Ela parece pensar sobre o que eu disse.

— Ela nunca veio aqui… Por que? É por minha causa?

— Ela mora um pouco afastada da cidade. Não curte muito todo esse barulho.

— Hum, interessante.

As portas do elevador se abrem, quebrando qualquer contato. Ela é a primeira a sair, me dando a visão da sua bunda nesse vestido, que a valoriza muito. Bela bunda.

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