25. Como morrem os anjos.

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25. ❘ a vida é uma noite estrelada.

Eva nunca pensou em como seria morrer

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Eva nunca pensou em como seria morrer. Bem, isso é mentira. Ela pensou sim. Mas definitivamente não pensou que seria assim.

Ela sabia que para muitos, era um rito de passagem para então uma nova vida; para outros, nada além de um fim definitivo de um existência. Há muitas crenças sobre isso, e, sendo a própria personificação da morte, ela sequer pensou no que aconteceria quando chegasse a sua vez.

Glória, que esteja no inferno, a vadia — disse que, sendo quem ela era, Eva sempre retornaria, um novo corpo, uma nova vida, novas memórias.

Mas Eva não queria.

Ela pensou que morreria velha, onde seus familiares a velariam com rosas e lírios, que cantariam sua canção favorita e quem sabe, se lembrariam dela no futuro.

Mas ela nunca pensou que morreria jovem. Era trágico, no entanto. Eva recém havia encontrado uma vida nova; um recomeço onde poderia traçar o seu própria destino, e até mesmo descoberto o tão ínfame amor.

E ela definitivamente, também não pensou que voltaria a abrir os olhos depois de morrer.

Quando seus olhos se abriram, e rápidamente se adaptaram a luz branca em sua frente, Eva enxergou tudo. Desde menores partículas de poeira que dançavam no ar, as gotas que deslizavam pela superfície plana das folhas e até mesmo o caminhar de insetos próximos.

Quando respirou fundo, sentiu com intensidade o cheiro suave da terra molhada, da grama e do carvalho.

À sua volta, Eva poderia dizer estar em uma clareira. Uma vasta clareira de lírios brancos, o mesmo lugar qual as vozes haviam lhe guiado uma vez em Mystic Falls, e o mesmo lugar onde encontrou Klaus, em sua forma de lobo.

Nik.

Pensando nele, borboletas voaram em seu estômago. Eva olhou ao redor e tentou descobrir o porquê estava lá, e o que tinha acontecido. Um segundo atrás, ela poderia dizer com toda certeza que havia morrido.

Assassinada por um bruxa velha e maluca. Bem, não deve ser tão incomum quanto parecia.

Quando enfim se levantou, Eva percebeu que alguma coisa estava errada. Tudo parecia igual, mas ela parecia completamente diferente, como se sua percepção sobre o mundo e si mesmo tivesse mudado. Havia alguma coisa a mais. Intenso e descontrolado.

E foi quando percebeu que, embora conseguisse ouvir tudo, não conseguia ouvir as batidas de seu próprio coração.

"Olá, Eva."

𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒, Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora