19. A morte extingue o folêgo, a vida pode asfixiá-lo.

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19. ❘ a vida é um momento.

Os dias que se passaram foram tortuosamente lentos e odiosamente solitários

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Os dias que se passaram foram tortuosamente lentos e odiosamente solitários. Enquanto Klaus estava ocupado com sabe-se lá o quê, e Stefan havia deixado de ser Stefan, Eva andava pelo corredores do hotel de paredes decrépitas e piso mofado que estavam hospedados.

Ela havia acabado de comer uma porção de panquecas com mel, mirtilos e um suco de laranja natural em seu café da manhã. Normalmente, Eva seria agraciada com a companhia silenciosa de Klaus, que ainda que raramente comesse alimentos humanos, sempre a acompanharia. Dessa vez, porém, ela estava sozinha.

Ela não se importou de andar um pouco antes de voltar ao quarto e se entediar pelo restante da tarde. Sem Klaus por perto, era um pouco solitário, e naquele dia, ela evitaria sentimentos ruins.

Não quando estava bem, bem como não esteve em muito tempo.

Passando pela recepção, Eva sorriu educadamente para a Sra. Dallan, proprietária do hotel junto de seu marido, Sr. Dallan, que aparentemente não estava na cidade. Haviam chegado naquele fim de mundo à poucos dias, e todas as vezes quais tinham se falado, a Sra. de sorrisos parecia... estranha.

Eva estava começando a acreditar verdadeiramente que estava sendo contaminada pela paranóia de Klaus. Desconfiança lhe era cada vez mais natural, e ela quase não percebia quando simplesmente procurava por mentiras.

Talvez o pequeno incidente com Trey e a maldição marcada em sua pele ainda estivessem contornando seus pensamentos. O modo quase antinatural que seu corpo implorava por vingança, para simplesmente matá-lo e fazê-lo sofrer; era um pouco assustador.

"Bom dia, Eva. Há algum problema?"

"Bom dia, Sra. Dallan. Não há problema algum" Virando-se na direção da mulher mais velha que encontrava-se atrás do balcão da recepção, Eva sorriu educada. "Estou apenas esticando as pernas enquanto não tenho nada para fazer."

A Sra. riu, aquecendo o coração da garota de olhos verdes. Eva achava idosos muito fofos. Ela estava disposta a deixar sua paranóia de lado.

"É ótimo ser jovem, eu me lembro" Comentou a Sra. com um sorriso nostálgico em seu rosto enrugado. "Imagino que esteja esperando por seu marido."

"Marido?" Eva rápidamente entendeu que ela deveria estar se referindo a Klaus. "Oh, certo. Esse seria Nik."

Despedindo-se da mulher com um sorriso constrangido, Eva continuou sua caminhada pela recepção do hotel. Por todo o caminho ela cantarolou uma música qualquer enquanto distraídamente chutava uma pedrinha com seus pés.

Sua atenção, porém, foi atraída a uma pequena garotinha sentava no meio fio, próximo ao estacionamento.

Ela parecia ter apenas três ou quatro anos, e usava um vestido lilás com fitas de cetim, abraçada a pelúcia de um macaquinho amarelo.

𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒, Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora