14. ❘ a vida é uma loja de bugingangas.
Quando era apenas uma criança e estava triste, Eva sempre pedia para seu pai contar a mesma história. Ela não se lembrava ao certo, mas era algo sobre um pequeno príncipe e um aviador, também havia uma raposa, uma serpente e uma rosa dentro de uma redoma de vidro.
Ela sempre se perguntava como uma cobra poderia engolir um elefante. Não fazia muito sentido algum, mas ela entendia que as coisas apenas eram daquele jeito. Nada além disso.
No final do dia, após assistirem um desenho animado, pai e filha dançariam a mesma música com os mesmos passos de dança, por horas e horas. O vinil antigo repetiria o disco por quantas vezes eles precisassem, e assim seria até a hora do jantar.
Caesar não se importava de passar horas naquilo. As risadas de sua pequena Eva eram o suficiente, o sorriso alegre e a felicidade estampada em seu rosto. Era o suficiente.
Mas então, como nada é para sempre, Caesar adoeceu. Quando o renomado cardiologista morreu, muitos sofreram pela perda do exímio cirurgião. Pai gentil, marido bondoso, doutor talentoso. Era isso o que diziam.
Mas ninguém sofreu como Evangeline.
Ninguém sentiu a dor dilacerante em seu peito como ela sentiu. Sua mãe seguiu em frente fácilmente, casando uma e outra vez com homens ricos.
Eva se perguntava o que seu pai pensaria da pessoa que ela havia se tornado. A chamaria de louca? A odiaria como sua mãe a odiou? A olharia com nítido desprezo também? O que será que um pai pensaria de sua filha se tornar uma assassina?
Os barulhos das cortinas sendo abertas e os feixes claros da luz da manhã inundaram todo o quarto de hotel. Eva abriu seus olhos lentamente, piscando os olhos enquanto tentava dissipar a sonolência.
"Amor, é hora de levantar" Klaus pareceu divertido. "Dormiu bem?"
Eva se sentou na cama, franzindo as sobrancelhas em confusão. Seus cabelos bagunçados caem por cima dos ombros e ela coça os olhos enquanto tentava os proteger da claridade. Ela se move, deitando de bruços e agarrando o travesseiro.
"Por que me acordou?" Com o rosto sonolento e a voz rouca, Eva resmunga. O híbrido a olhou por um tempo, com olhos escuros e intensos. Ele precisou piscar algumas vezes para desviar o olhar.
"O que foi?" Ela voltou a questioná-lo, olhando-o por cima do ombro. "Há algo errado?"
Klaus a olhou outra vez quando notou o tom preocupado direcionado à ele. Era, no mínimo, estranho.
"Eu descobri uma pista sobre uma possível matilha de lobisomens não muito longe."
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𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒, Klaus Mikaelson
Fanfiction𝐠𝐢𝐫𝐥 𝐨𝐟 𝐦𝐲 𝐝𝐫𝐞𝐚𝐦𝐬 ❘ É a maldição de Klaus sonhar com a mesma garota há mil anos, e é seu fardo amá-la. Após a morte da mãe, Evangeline, de dezessete anos, se muda para Mystic Falls para viver com seu meio-irmão. Tudo parecia fácil no...