02. Esse é o diabo que você conhece.

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02. ❘ a vida é um demônio interior.

 ❘ a vida é um demônio interior

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"Ah, bem..."

Eva apressadamente desviou o olhar, ainda que soubesse que seu rosto provávelmente estava vermelho pelo nervosismo. Ela nunca havia visto alguém tão bonito antes. "Eu não sei nem o que parece."

"Parece-me um lobo" Ele disse suavemente enquanto observava o rabisco em seu caderno.

"Não está nem perto do que eu imaginei, na verdade" Ela suspirou, arrastando uma mecha de seu cabelo para trás de sua orelha. "Acho que falta alguma coisa."

Ela estava mentalizando um homem-lobo, que há dias as vozes sussurravam incansávelmente, algo sobre um híbrido, ou o que seja lá do que os mortos estavam resmungando. De qualquer modo, aquele desenho não a agradava.

Aquela deveria ser a sexta ou sétima tentativa — há tempos perdera a noção do que fazia ou tentava fazer. Estava empenhada em desenhar, mas nada parecia com o que queria. Talvez porquê fosse específico demais, ou porquê ela não era boa o suficiente. Eva não sabia.

Em sua cabeça, o desenho dava um ar ameaçador e misterioso, mas sua aparência era ainda mais selvagem: seu cabelo era loiro sujo como trigo, caindo em mechas grossas e despenteadas sobre os ombros largos. Seus traços angulosos e duros se acentuavam sob aquele olhar sibilino, que parecia capaz de cortar até o vento.

"Não se menospreze, amor."

Por alguma razão, um estranho estava encorajando-a, o que sem dúvidas, a surpreendeu. "É um homem-lobo aprisionado."


Ele a olhou curiosamente, "Conte-me mais sobre isso, amor."

Eva deu de ombros, "É apenas uma coisa que venho pensando. Eu o chamo de híbrido."

Por um momento, ele a olha silenciosamente. E pode ser apenas coisa da cabeça dela, mas pareceu haver um brilho melancólico nos olhos de Nik.

"É questão de prática. Seus esforços trarão resultados, confie em mim."

Ela sorri docemente, e oferece a mão para cumprimentá-lo, "Eu sou Eva, à propósito, me mudei recentemente."

Ela não pensou se o quê estava fazendo era ingênuo ou estúpido, afinal, os pais sempre alertam sobre não falar com estranhos, mas Eva achou que este homem em particular parecia inofensivo o suficiente.

"Aquela que dá vida" Ele murmurou. "É um prazer conhecê-la, Eva. Meu nome é Nik."

Eva sorriu, arrumando-se no banco para olhá-lo melhor.

𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒, Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora