39. A estrada até aqui.

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39. ❘ o amor sangra e machuca.

O tempo parou enquanto Eva olhava incompreensível para a mulher dentro do pentagrama de sal

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O tempo parou enquanto Eva olhava incompreensível para a mulher dentro do pentagrama de sal. O ar estava congelado em seus pulmões, seu coração estava imóvel em seu peito, a própria virada do mundo havia parado. Ela sentiu como se estivesse tendo uma experiência fora do corpo, como se de alguma forma tivesse caído na zona crepuscular porque não havia como isso ser real.

Ela olhou para o lado, piscou e observou com uma fascinação desapegada enquanto seus olhos se encontraram com Klaus, e o homem piscava de volta, as pálpebras caindo e subindo em câmera lenta.

Perceber que estava perdendo suas memórias de repente fez tudo parecer muito real. Eva tentou se lembrar do primeiro beijo deles, mas não importava o quanto se esforçava, não conseguia se lembrar.

Ela olhou para a própria mão, tendo um vislumbre de uma de suas mariposas translúcidas. "Sim, vou ficar bem" Eva disse suavemente, balançando a mão para que ela voasse para o Outro Lado.

"Lamento que tenha que ser assim, irmã."

A voz reconhecivelmente melodiosa de Hypnos atravessou o vento, quando ela, de repente, surgiu na frente de Eva. "Você terá uma vida humana e mortal, assim como deseja ter. Sem a dor, o desespero ou a fome insaciável."

A aparição repentina da mulher altiva e de olhos brilhantemente roxos assustou a todos, que se afastaram instintivamente. Esther parecer irradiar alegria.

Eva teve o pensamento distante de que talvez estivesse tendo alucinações; talvez Hypnos não estivesse apenas usando os sonhos, e isso fosse algum tipo de visão induzida provocada por sua tristeza e desejo de contato com outra pessoa que não terminasse em Eva se machucar. Espera. Isso foi antes, ela se sentia assim antes. Antes de Mystic Falls e antes de Klaus.

Espera. Talvez nada disso fosse real e ela estivesse de volta em sua cama na casa dos Asther, em Paris, fria, sozinha e deprimida.

Mas então, como o tiro de uma arma no início de uma corrida, um pássaro grasnou ao longe, estridente, alto e muito real, e o tempo começou a correr. Suas ilusões e delírios de normalidade foram destruídos quando tudo bateu de uma vez e, no espaço de três segundos, Eva tomou consciência de três coisas: uma, ela não estava tendo uma alucinação; dois, ela estava perdendo suas memórias desde sua chegada de Mystic Falls; e três, ela não podia permitir.

Mesmo antes de descobrir que estava selada a um único propósito em sua existência, Eva não tinha direito a suas próprias escolhas e decisões, por sua mãe, seu padrasto, tias e até amigos. Mas, ela sempre esteve farta disso.

Agora, ela tinha que correr contra o tempo. Por que era tudo o que ela não tinha. Tempo.

De volta à situação atual, ela precisava dar o fora daqui e de uma vez por todas, reunir sua família. Naquele momento, naquele precioso segundo em que resolveu dar o fora no mundo da lua, algo, medo, terror, talvez determinação, deve ter brilhado em seu rosto porque Hypnos de repente deu um passo para frente levantando a mão como se me dissesse para parar.

𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐎𝐅 𝐌𝐘 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒, Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora