Amor ou conforto?

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— Pare de rir, Ezreal! — pediu Caitlyn pela quinta vez, mas o loiro simplesmente não podia se controlar. 

Após ouvir o motivo da discussão com Vi, o vice-presidente simplesmente se desfez em gargalhadas ao ponto de perder a força das pernas. Não podia acreditar no teatro que aquelas duas faziam, embora ele desse toda a razão para a delinquente. 

— Você não sabe o nome dela mesmo depois de um ano?! Céus, você é a pior. — Jayce decidiu comprar a piada e se sentiu contagiado pelo divertimento infinito de Ezreal, que ainda lutava para controlar suas gargalhadas. 

Daqueles que ouviram a reclamação por parte de Vi também não tiveram reações diferentes, talvez até um pouco pior se você levar em consideração que Fiora estava simplesmente ajoelhada no chão tentando conter suas risadas (altíssimas) com suas mãos, enquanto Braum estava curvado sobre a mesa rindo-se de forma tão exagerada quanto. 

— Ela simplesmente ficou desacreditada que meu nome não é Vi! Quem diabos só possui duas letras no nome? Não me diga que ela também acha que Jinx é um nome real? — Ela andava de um lado até o outro da sala de maneiras repetidas afim de aliviar seu estresse, mas suas duas figuras familiares rindo de seus problemas não a permitiam a calma. 

— Caitlyn é incrível, por todos os Deuses. — Braum finalmente se recuperou um pouco ao ponto de conseguir formular uma frase, ele passou a mão no rosto e abafou alguns risinhos que persistiam. — Vi, céus, como vocês se conhecem há mais de um ano e ela sequer sabe seu nome? — Infelizmente Fiora que estava quase se recompondo, perdeu-se novamente ao ouvir o conselheiro reanalisar a situação. 

Vi se desfez em meio a resmungos mau humorados e afundou-se na cadeira, realmente não havia como um fato desse acontecer. Sua paixão era realmente infundada e ridícula, possuía cada vez mais certeza disso.

Ao fim das aulas da manhã os alunos rumavam as cantinas para seu almoço, com a natural exceção daqueles que traziam comida pronta de casa. Vi pertencia ao segundo grupo, mas praguejou ao ver que havia simplesmente esquecido sua marmita. 

Agora além de idiota serei faminta! Praguejou para si mesma.

— Pare de fazer essa cara assustadora, sua esquisita. — A delinquente levantou o olhar mais assustador que pôde, mas imediatamente se arrependeu ao ver que se tratava de Ahri. A pequena não teve pena de suas bochechas e as apertou com toda força como punição pela ameaça. — Eu disse para parar de me assustar, esquisita! 

— Deixe Vi em paz, Ahri. — pediu Lux tirando-a de cima de Vi. — Por que todo esse mau humor minha criança rabugenta? Você está assim desde que foi comprar sucos ontem a noite. 

— Eu simplesmente esqueci minha comida e nem sequer trouxe dinheiro, não é nada sobre ontem. — Esquivou-se. A loira podia ser tão astuta quanto Ezreal, e por isso a delinquente a evitava sempre podia.

Ahri fez o bico mais contrariado que pôde e simplesmente bateu com toda força que conseguiu sua marmita da mesa de Vi. — Não me tire de idiota, acha que eu sou cega e não reparei Caitlyn voltando logo após de você? E se você quer comida apenas peça, é óbvio que qualquer um aqui dividiria com você, idiota. — Embora a pequena raposa (apelido carinhoso dado por Vi) não costumasse ser tão esquentada, ela ficava pessoalmente ofendida quando se tratava do relacionamento estranho que aquelas duas sustentavam. 

A bela garota jamais entendeu como alguém se mantem por mais de um ano apaixonado sem nunca nem sequer mencionar sobre isso, e também achava inconcebível o fato de Caitlyn saber e nem sequer fazer esforço para se afastar ou ignorar Vi. Era simplesmente a relação mais esquisita que Ahri se deparou na vida e por isso as apelidava de Presidente estranha e Delinquente esquisita. 

My Bad GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora