Capítulo 1

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Itália anos atrás…

_ Anda, cazzo. Não tenho a noite toda!

Meu pai diz abrindo a porta do carro e me empurrando pra dentro. Ele não disse onde iríamos, apenas me mandou colocar uma roupa descente porque iríamos sair. Agora estou dentro ao seu lado indo pra sei lá onde.

Meu pai se chama Luigi D'Angelo, ele é o Don da Ndrangetha e eu sou Lorenzo D'Angelo. Futuro e único Don, como ele costuma dizer. Don Luigi como ele gosta de ser chamado é um pai rígido. Mas ele nunca deixou que me faltasse nada. Ele pode ser rígido na frente dos outros, mas quando estamos em casa ele é o melhor papa que ele poderia ser. Talvez ele seja assim pela ausência da minha mama. Mesmo que ele não diga sei que ele sente falta da mesma. Mas nós não tocamos nesse assunto. Meu papa me criou sozinho desde quando eu era bebê, ele costumava dizer que eu era um presente que minha mãe deu a ele e eu fico feliz por saber disso. Vocês devem se perguntar porque ele nunca se causou?!
A resposta é simples: ele não quis. Ele amava muito a minha mama por isso não conseguia amar ninguém.
Isso foi o que ele me disse. E eu não o julgo até porque eu nunca amei alguém, então não sei como é.

_ Chagamos!

Diz meu papa parando o carro enfrente a uma casa coberta por portões grandes e enormes muros de plantas.
Meu pai fala algo para o segurança que apenas acena com a cabeça e da passagem ao mesmo. Ele entra com o carro e para perto da entrada onde tem um manobrista estacionando os outros carros.

_ Il figlio ascolta, sai che non volevo portarti qui. Ma ero obbligato.( filho escuta, você sabe que eu não queria te trazer aqui. Mas eu fui obrigado).

Meu papa diz e eu apenas assinto.

_Quindi ti chiedo di non fare nulla di stupido. Fai tutto ciò che tuo nonno invia. comprendere. (Então peço para que você não faça nada estúpido. Faça tudo o que seu avô mandar. entendeu?!)

Ele fala me olhando intensamente.

_ Puoi lasciare che il papà no, ti deluderò. ( Pode deixar pai não irei te decepcionar.)

Digo e ele apenas assente. Saímos do carro e meu papa entrega a chave ao manobrista. Adentramos a casa e assim que começo a subir os degraus sinto cheiro de whisky, cigarro e charuto caro. Passamos por um corredor com um grande tapete vermelho. Assim que chegamos na sala, uma mulher vestida com um vestido preto com os seios quase caindo em pra fora do decote vem em nossa direção. Ela é bonita os cabelos são pretos lisos os olhos verdes e nos lábios carrega um batom vermelho sangue. Ela olha para mim e meu pai e depois sorri.

_ Buonasera, signor D'Angelo.

Ela diz para o meu pai que apenas a cumprimenta com um aceno de cabeça.

_ Creio que o senhor esteja aqui pelo nosso novo cardápio?!

Diz com um sorriso estranho. Olho para o meu pai sem enteder.

Estamos em um restaurante?! Tenho quase a certeza que não. Não que eu seja ingênuo demais, mas fui criado em uma redoma de vidro como diz meu nonno. Meu papa me preservou do mundo e o único amigo que eu tive durante anos foi Roberto. Mas não sei porquê meu papa não deixa que nós fiquemos juntos.

_ Sim! Só que dessa vez quem irá comer será Lorenzo!

Quando ouço o que meu pai diz meu corpo gela. Como assim comer? Comer o que?!

O olho sem entender e ele abre um sorriso estranho e põe a mão sobre o meu ombro numa tentativa falha de me passar tranquilidade.

_ Rilassati, figlio, ti piacerà il cibo. ( Relaxe, filho, você vai gostar da comida.)

Não digo nada apenas assinto.

_ Seu pai já deixou o presente do seu filho separado. Segundo ele, o futuro Don merece o melhor. Me acompanhem!

Ela pede se virando e fazendo um sinal para que a seguirmos. Meu pai me empurra para que eu vá na frente e então eu apenas a acompanho sem pensar em nada.

Entramos num corredor e passamos por várias portas. Algumas estão fechadas e outras abertas. Quando passamos pela quarta porta vejo algumas mulheres nua da cintura pra cima e então me dou conta de que estamos em uma casa de sexo ou melhor num prostíbulo.
Meu corpo começa a tremer e minha respiração começa a pesar.

A mulher de cabelos longos nos guia até uma escadaria totalmente de mármore branco coberta por um tapete dourado. Mas ao invés de subir ela nos olha e diz.

_ Podem subir. Seguem o corredor a terceira porta a da direita. Ela é toda sua, Ragazzo!

Ela diz alisando o meu braço. Não tiro sua mão apenas assinto e sigo o caminho que ela disse. Olho para trás e vejo meu pai me seguindo.

Sigo as instruções que a mulher me indicou e paro em frente a porta indicada. Respiro fundo e com as mãos um pouco trêmulas giro a maçaneta e perco o ar pelo o que vejo…

Continua…



                            ♂️♂️♂️♂️♂️


Oieee! Olha eu de volta.
Tinha dito que o livro do Lorenzo iria demorar um pouco. Mas não me aguentei e tive que postar. Em breve próximos caps.
Espero que vocês gostem meninas.

Votem e comentem muito. Amo ver os comentários de vocês e responder os mesmos.

Beijos lindas!

O Don! Onde histórias criam vida. Descubra agora