17 | desejo realizado

1.5K 199 270
                                    

━━━━━━━━

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

━━━━━━━━

— Vira a cabeça para o lado.

A mulher, que estava sentada na poltrona da sala, com um caderno de desenhos em seu colo, obedeceu o pedido de Steve Rogers, virando a cabeça para ele.

— Não, para a esquerda — ele disse, sorrindo. — Isso! Desse jeito! Não se mexe.

— Mas eu preciso olhar para o meu desenho.

— É rapidinho.

Steve voltou a dar atenção ao papel em que desenhava. No momento, os movimentos que fazia com o lápis, formavam a curva do rosto de Delphine, dando ênfase naquele pequeno sorriso de lado que ela dava para ele. Era linda até em um pedaço de papel.

Alguns dias haviam se passado desde que foram ao parque de diversões. As coisas estavam indo muito bem entre ele e Delphine — com muitos amassos e sem sexo, para a tristeza da mulher.

O estado de saúde de sua mãe era bastante inconsistente, já que, vez ou outra, ocorriam algumas alterações em seus exames e em seus batimentos cardíacos. Steve esperava que não fosse nada sério.

Já devia ter três meses que Delphine vivia com Steve. Três meses em que nem parecia ser a mesma mulher assustada de quando ele a encontrou. Delphine estava muito mais confiante, mesmo que ainda preferisse ter Steve sempre por perto.

Enquanto ajeitava os traços que havia desenhado, Steve a observava. Delphine, sempre que estava concentrada em algo, colocava a pontinha da língua no canto dos lábios e franzia as sobrancelhas. Os seus cabelos, agora, eram bem cuidados, já não tinha algas ou areia preso nos mesmos, e os cachos estavam bastante definidinhos.

Steve não se lembrava como era a sua vida antes de Delphine aparecer nela. Bem, ele lembrava, mas parecia tão distante. E, então, existia um Steve de antes de Delphine e o Steve de depois de Delphine. O de antes, que só queria alguém que o amasse e se importasse com ele. E que, por um momento, queria fazer greve de relacionamentos.

Não durou nem cinco dias essa greve, porque na mesma semana, Delphine apareceu. Ela roubou o seu coração. Virou o seu mundo de ponta cabeça. Fez Steve cair de joelhos aos seus pés. Ele se sentia amado, mesmo que Delphine nunca tenha proferido aquelas três palavrinhas.

Steve sentia que, da mesma forma que Delphine criou uma certa dependência nele, ele também havia criado uma nela. Não saberia o que fazer se algum dia Delphine não estivesse mais ali.

— Está terminando? Eu já terminei! — falou ela, sorrindo abertamente, feliz com o seu desenho de Steve.

— Ainda não. — Steve bateu o lápis no caderno. — Quando eu terminar eu te mostro o meu e você me mostra o seu.

✓ Sweet Creature • Steve RogersOnde histórias criam vida. Descubra agora