𝑺𝑾𝑬𝑬𝑻 𝑪𝑹𝑬𝑨𝑻𝑼𝑹𝑬.
⸻ Mirfield é uma cidade pequena e pacata, no litoral da Carolina do Norte, conhecida pelo comércio pesqueiro. Nascido e criado na cidade litorânea, Steve Rogers é proprietário de um bar, Mermaid's Tale - com a clientela...
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Era um dia extremamente chuvoso em Mirfield. O céu estava escuro, com nuvens pesadas e quase pretas. Trovões e relâmpagos ressoando pelo mesmo, fazendo janelas tremerem.
Delphine Eldellion estava sentada no sofá, folheando uma revista sobre casamentos enquanto um filme aleatório passava na televisão. Estava lendo a revista escondido tinha semanas, escondendo a mesma embaixo do estofado do sofá para que Steve não encontrasse e descobrisse os seus planos.
E, sim, ainda estava certa de que o pediria em casamento. Só não sabia quando seria melhor. Até agora, a única pessoa que sabia sobre isso era o cachorro que dormia ao seu lado. Capitão amou a ideia, e pareceu empolgado e suspeito demais, o que deixou Dely desconfiada.
Ela fechou a revista e encarou o lado de fora pela janela. Que tédio, pensou ela, ficando de pé. Então, Delphine girou nos calcanhares e encarou a cozinha, tendo uma ideia.
— Biscoitos! — falou, animada.
Nada como biscoitos com gotas de chocolate bem quentinhos em um dia chuvoso, não é mesmo? Ela sorriu, batendo palminhas e correndo até a geladeira para checar se tinha todos os ingredientes necessários. E, para a sua felicidade, tinha tudo que precisaria.
Delphine separou todos os ingredientes sobre a bancada, pegando todas as vasilhas e colheres que iria utilizar. Então, começou a fazer os biscoitos, cantarolando uma música qualquer.
Steve não estava em casa. Bem, estava, só que no bar, ajudando Wanda a repor o estoque. Já a sua sogra, Sarah, tinha aparecido no café da manhã, mas deveria estar em seu próprio quarto, dormindo ou assistindo televisão.
Sam e Bucky haviam sumido aquele dia, e Natasha e Kate estavam ocupadas com o estúdio. Então, Delphine estava aproveitando o dia chuvoso sozinha, com a companhia sonolenta e preguiçosa de Capitão.
Estava enrolando a massa na mão, quando sentiu um calor insuportável. Era como se sua pele pegasse fogo. Ela olhou ao redor, ofegante, e encarando a chuva que caía lá fora.
Delphine passou as costas da mão pela testa, limpando o suor que brotava na mesma. Estranho. Era um dia chuvoso e frio. Por que estava sentindo calor daquele jeito?
Ela largou a massa na tigela de vidro e apoiou-se contra a bancada. Os seus olhos focaram em suas mãos, espalmadas contra a pedra de mármore gelada. Dely engoliu em seco, tentando não se desesperar, ao ver a pele ressecada espalhando-se por seu braço.
— Não, não...
Delphine foi até a pia, abrindo a água e jogando no rosto e pescoço. Então, abriu a boca embaixo do jato de água e bebeu longos goles. Mas, já se conhecia bem o suficiente para saber que água encanada e doce, não serviria para matar a sua sede, para hidratá-la.
