Addio, amore mio...

256 29 9
                                    


22 de junho, domingo – Depressão total.

13h23min: O dia estava tão nebuloso quanto o meu coração. Já havia perdido as contas de quantos cigarros fumei e quantas taças de vinho bebi. Não conseguia parar de pensar no que aconteceu ontem um minuto sequer, nem ver uma "revista para homens" me animou.

Descobri que Luhan deu um jeito de comprar o casal Kim e fazê-los desaparecer da minha vista. Ele pagou mais do que eu e eles aceitaram. Argh. Isso que dá confiar em vigaristas.

Para minha surpresa, meu celular não parava de tocar. Era Tao, Luhan, Lay e Jongin me ligando sem parar, tive que desligá-lo para ter um pouco de paz e assistir tranquilamente – na medida do possível – ao meu canal de filmes depressivos. Obviamente, a perturbação não ficaria só nas ligações. Não demorou muito e minha campainha tocou. Eu não atenderei nem se for o Brad Pitt – exagero, se fosse ele eu atenderia a porta já nu.

Toc, toc, toc.

Ding, dong, ding, dong.

– Baekhyun, precisamos conversar. Por favor, abra a porta.

Era o cretino do Luhan. Eu não abriria nem que ele estivesse morrendo.

– Eu sei que você está aí, provavelmente fumando, bebendo e vendo filmes no canal cento e quatro. – Argh. Eu sou tão previsível assim? – E-eu... eu só quero saber se você está bem. Por favor, abra a porta!

Se eu estou bem? Devo mostrar a ele minha fronha manchada de lágrimas?

– Eu não vou sair daqui enquanto você não me responder. Por favor, diga, pelo menos, se está bem? Você não fez nenhuma besteira, não é? Não está misturando bebida com calmantes, não é?

Droga. Luhan não pararia de encher o saco enquanto eu não respondesse. Mas, por outro lado, acho divertido vê-lo implorando. Se eu pudesse, me fingiria de morto só para dar um susto nele. Como isso é ridículo, vou apenas ignorá-lo e preparar um Martini, porque o vinho já estava me enjoando.

14h03min: Céus, o diabo do Luhan não desiste! Está até agora tocando a campainha e exigindo que eu abra a porta. Queria avisar a ele que eu não estou em casa, mas isso seria o pior nível de burrice. A não ser que eu mande alguém avisar... isso mesmo! Vou ligar para o porteiro.

Me levantei do sofá com muita preguiça e percebi que estava deitado em cima da minha caixa de cigarros. Merda, tomara que não tenham amassado e...

Plaft.

Grrrrrrrr! Deixei a taça de vinho cair no chão!

– Baekhyun! – Drogaaa! – Baekkie, por favor, abre essa maldita porta. Vamos conversar!

Ele está me estressando. Não posso nem curtir minha fossa em paz?

– Não tem ninguém em casa! – eu gritei, já sem um pingo de paciência.

– Deixe de ser infantil e vamos conversar como dois adultos decentes. – Ele socava a porta.

– Mas eu não sou adulto. Eu sou praticamente uma criança – retruquei com ironia e fui me aproximando da porta. – Agora, se me der licença, vou tomar meu calmante com um copo de whisky. Quem sabe assim eu não morro logo e vocês vivem em paz? Porque, pelo que eu me lembro, você e o Chanyeol disseram que se preocupar comigo machuca vocês. Então, se eu morrer, seria uma ótima solução, né?

Falei de sacanagem, mas acho que ele levou a sério.

– Não! Por Deus, Baekhyun, abre essa porta e vamos conversar! Eu preciso ver o seu rosto! – ele gritou, sua voz saiu chorosa. E acho que logo, logo o síndico vai aparecer na minha porta reclamando do escândalo.

Diário de ConfusõesOnde histórias criam vida. Descubra agora