Beijos, Sexo e um imbecil...

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*Notas da autora no final*


20h54min: Estava estacionado em frente a tal escola Dongbangdae com o carro todo apagado, pois a rua estava escura e não passava uma viva alma. Eu rezava para que Chanyeol chegasse logo, porque qualquer cachorro ou árvore que se mexesse já me fazia tremer.

Felizmente, avistei a BMW X6 preta se aproximando com os faróis acessos. Ele estacionou na minha frente, saiu do carro e veio até mim.

Bateu no vidro e então eu o abaixei.

– Eu demorei muito?

– Não. – Não demorou, mas para alguém se cagando de medo pareceu uma eternidade.

– Eu peguei alguns atalhos e vamos voltar por eles. Me siga e de maneira alguma pare de me seguir.

– Tá, eu sei.

Argh. Odeio quando me tratam como criança.

Ele voltou para o carro e então o segui.

21h43min: Meu coração se encheu de alegria quando vi o meu prédio. No meio do caminho havia caído um temporal daqueles. Tão forte que eu só conseguia enxergar as lanternas traseiras do carro de Chanyeol. Ele deve ter se preocupado, pois diminuiu tanto a velocidade que nossos carros estavam a menos de dois metros um do outro.

Meu prédio não tinha garagem, era um prédio antigo e o máximo que tinha era um elevador velho e escadas de emergência. Meu carro ficava estacionado na rua mesmo, era uma rua sem saída e estreita que ficava ao lado do prédio, ótimo para estacionar.

Saí do carro depressa, eu estava resfriado e se pegasse mais da chuva poderia piorar a minha situação. O que não valeu de nada, cheguei na portaria todo ensopado.

Me assustei quando vi que Chanyeol vinha atrás de mim.

– Droga, Baekhyun. Você não tem um guarda-chuva no carro, não? – disse com aquele tom repreensor que eu tanto odiava. Ele também estava todo molhado!

– Não tenho e parece que você também não tem – respondi cheio de petulância. – Olha, eu te agradeço muito por ter me ajudado, muito obrigado. Mas agora eu já estou a salvo. Por que o senhor saiu do carro?

Ele olhou em meus olhos, ficou um bom tempo me encarando antes de responder, como se pensasse na melhor resposta:

– Eu preciso lhe entregar a lista de convidados. – Ele então pegou no meu pulso e foi me arrastando até o elevador. – Vamos, eu vou fazer um chá para você.

22h12min: Agora eu vestia um pijama quentinho e seco e sequei meu cabelo com o secador. Tive que emprestar uma blusa, casaco e meias para Chanyeol, pois as dele secavam na secadora que Luhan tanto desdenhava, mas que funcionava perfeitamente.

Chanyeol estava na cozinha preparando um chá. Eu conhecia bem aquele chá, ele sempre fazia para mim quando eu ficava resfriado.

Me aproximei dele e comecei a falar, no intuito quebrar aquele estranho silêncio:

– O secador está na minha penteadeira. É melhor secar o seu cabelo antes que fique resfriado como eu.

Ele sorriu brevemente e aquiesceu. Depois voltou a pôr a água quente nas xícaras.

O silêncio novamente se fez presente. Eu estava me sentindo muito desconfortável. Fazia uns cinco anos desde que Chanyeol não pisava no meu apartamento. E a última vez foi quando eu disse que não o amava mais.

Ele também deveria estar se lembrando do nosso passado, porque em seguida ele falou:

– Aqui não mudou nada. Até a chaleira é a mesma.

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