Finalmente feliz?!

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Não faço ideia de que horas são porque fui assaltado: Com dificuldade, Lay e eu levantamos um pouco tontos. Minha testa tinha um pequeno rasgo, minha cara provavelmente está toda ensanguentada. Lay tinha um ferimento no topo da cabeça que sangrava e escorria por seu pescoço, além de sua blusa estar respingada de sangue do vagabundo. E quer saber? Acho que meu amigo ficará ainda mais doido de pedra depois dessa pancada, puta merda.

– O que vamos fazer, Baekkie? Como voltaremos para casa? – choramingava Lay, desesperado.

– Me empresta seu celular. Vou ligar para o Jongin para ele vir nos buscar sem que o Luhan e o Chanyeol saibam.

Lay levantou uma sobrancelha.

– Por quê?

– Ora, porque eles vão querer cancelar a festa se souberem que estou com a testa arrebentada! – expliquei o óbvio.

– Meu Deus! Não pode ser! Eles não podem cancelar.

– Então me dê a porra do celular que eu vou ligar para ele.

Lay enfiou a mão no bolso direito da frente. Como não encontrou o celular, ele procurou pelos outros bolsos, se apalpando e... nada. Claro que não seria assim tão fácil.

– Nossa! Eu deixei o celular e a carteira no carro.

Eu vou matá-lo.

– A carteira também?! Mas com o que você comprou o refrigerante, criatura?

Ele tornou a chorar, demorou tanto para responder que eu lhe dei um tapa no braço para parar de palhaçada.

– E-eu só peguei dinheiro suficiente para o refrigerante porque achei que seriamos assaltados. Ouvi dizer que Bukhansan está um pouco perigosa ultimamente.

Foi minha vez de chorar. Tive vontade de fumar também, mas lembrei que o assaltante tinha levado meu maço de cigarros e isso me fez chorar ainda mais.

– Vamos procurar alguém que nos empreste um telefone ou vamos caçar algum telefone público – falou Lay, muito sabiamente até.

– Sim. Vamos encontrar algum telefone e ligar para o Jongin. Pedimos para ele nos levar à Gwanju, nos ajeitamos na minha casa e depois vamos para o salão de festas como se nada tivesse acontecido.

Com esse objetivo em mente, Lay e eu saímos andando à procura de algum lugar para fazer a ligação. Primeiramente fomos até a lanchonete chinesa onde Lay comprou o refrigerante, mas ela tinha estranhamente fechado nesse meio tempo em que fomos atacados. O resto do lugar era praticamente deserto. Haviam casas e mais casas, mas não havia nenhum comércio, muito menos telefones públicos. Era como se fosse um grande condomínio, cheio de mato e insetos.

Depois de andar umas seis quadras, finalmente nos deparamos com uma lojinha de artesanatos. Entramos desesperados na loja, e a mulher do balcão – uma senhora de meia idade – ficou assustada.

– Ai, moça! Ajuda a gente, acabamos de ser assaltados! – eu falei, todo esbaforido.

Sensibilizada, a mulher pediu para que nos sentássemos em um conjunto de cadeiras de madeira com desenhos de flores talhados à mão enquanto ela iria buscar algo para limpar nossos ferimentos.

Nesse meio tempo, Lay começou a falar.

– Acho que você deveria ligar para o Chanyeol. Em menos de trinta minutos ele estaria aqui.

– Está louco? – Pergunta idiota a minha. – Ele vai pirar! E eu não quero que nada mais estrague o dia. Nós vamos para Gwanju e depois para o salão de festa. – Limpei o sangue que agora escorria pelo meu nariz. – Mas teríamos que ter um cúmplice, alguém que nos ajude sem abrir a boca para o Luhan. Alguém que seja fiel.

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