Sem Limites.

373 35 14
                                    



Opa... eu estava novamente naquele lugar completamente branco. Droga. Será que dessa vez eu morri mesmo? Será que meu corpo está no fundo do mar, sendo comido pelos peixes? Não, não! Devo estar desmaiado. Vou me concentrar e tentar escutar o que está acontecendo à minha volta. Escutei então algumas vozes:

"Podem ir, eu tomo conta dele."

Eu não conseguia identificar a voz, mas senti algo quente envolver minha mão. Senti um carinho, na verdade. Será Chanyeol?

Só pode ser ele, a voz era grossa. Ah, é tão bom sentir seu carinho. Quanto tempo eu não sentia um carinho tão gostoso? Acho que me arrepiei todo. Minha consciência voltava aos poucos e, conforme voltava, eu abria meus olhos. Vi que olhos grandes me observavam. Mas quando minha vista se acostumou com a luz, percebi que não era Chanyeol.

Era Kyungsoo!

– Baek! – Ele sorriu. – Está tudo bem? Você está com dor em algum lugar?

Merda, o que ele faz aqui comigo?

– Estou bem, eu acho.

Tentei me sentar na cama, mas senti uma dor desgraçada nas costas. Kyungsoo percebeu – pois eu gemi – e avisou que eu não fizesse nenhum movimento brusco. Só que minha dor nas costas não era exatamente uma dor nas costas, era uma ardência, como se milhares de garras tivessem me arranhado. "Você bateu as costas nos corais, deve ter se arranhado", disse Kyungsoo, em seguida foi procurar pelo enfermeiro. Não deu nem um minuto que ele saiu e Luhan, Chanyeol, Tao, Lay e Jongdae entraram.

– Baekkie!

Cruzes. Luhan estava horroroso. A cara toda inchada, vermelha, os cabelos loiros todo para o alto, como se tivesse passado algum laquê para ficar assim. Estava uma coisa horrorosa. Sua roupa parecia estar úmida.

E ele começou a chorar.

– Me perdoa, Baekkieeeeee!

Ele deitou a cabeça na minha barriga e começou a dizer coisas que eu não entendi, pois ele chorava mais do que falava. E, credo, ele estava fedendo a peixe.

– Luhan, você está fedendo! – eu falei. Não queria ficar fedendo também, né. Mas Luhan não desgrudou de mim nem parou de chorar.

– Nós pulamos para te salvar – contou Chanyeol. Ele também estava com o cabelo desarrumado e as roupas úmidas. – Você caiu da pedra, se lembra?

Claro que eu lembrava.

– Não, eu não caí. Eu fui jogado!

– Como assim foi jogado? – Tao, que também tinha o rosto avermelhado pelo choro, colocou a mão na cintura e perguntou com audácia.

– O Luhan me empurrou – falei mesmo.

– Foi um aci...

Pobre Luhan. Nem terminou de falar e Tao já se engatou nele, puxando aquela juba de leão que ele estava e lhe desferindo vários tapas nas costas.

– Desgraçado, você tentou matar o meu amigo!

Luhan estava chorando tanto que sequer se defendia. Mas a briga não durou muito, Chanyeol segurou o furioso Tao.

– É melhor vocês dois saírem – a voz autoritária de Jongdae me assustou. Ele se aproximava cama. – O Baekhyun precisa descansar e vocês estão estressando ele.

Ele então segurou minha mão e a beijou. Tão fofo. Mas eu não queria que Chanyeol tivesse visto isso.

– Está tudo bem, amor? – Ele dava vários beijinhos na minha mão.

Diário de ConfusõesOnde histórias criam vida. Descubra agora