❝Eu costumo ensinar química, mas posso te ensinar a ter um bom orgasmo também❞
O amor costuma vir de lugares imprevisíveis. Também costuma ser algo inexplicável. Ninguém sabe aonde dará e nem de onde virá. O amor é algo que precisa de cuidado e luta...
Lá estava eu no aeroporto. Carregando minha mala enquanto segurava o choro. Meus pais me acompanhavam. Julia e meu pai terminaram, por isso ela não veio atrás como uma cachorrinha.
─── Entendeu o caminho? ─── Minha mãe perguntou enquanto me abraçava mais uma vez. - Sua tia não vai poder ir te buscar no aeroporto, então você vai ir direto até a casa dela, ok?
─── Sim mãe. Velha demais pra isso. ─── Revirei os olhos.
─── Sinto muito, filha. ─── Meu pai disse.
─── Não. Você não sente, mas tudo bem. ─── Forcei um sorriso. ─── Não é de hoje. ─── Puxei o fôlego. ─── Já podem ir. Eu vou ficar bem. Espanha! ─── Abri os braços como se fosse incrível.
Eles sorriram e saíram logo depois, acenando como idiotas. Suspirei quando já tinha os perdido de vista e caminhei até a bela moça de cabelos escuros e engravatada atrás do balcão. Alcancei minha papelada a ela.
─── Nova Iorque. ─── Ela sorriu e eu apenas assenti.
[...]
Depois de tudo pronto eu embarquei no avião e literalmente dormi a viajem toda. Eu nunca fiz uma coisa tão louca na vida. Estava de dia já, quando eu desci do avião. Desci as malditas escadas rolantes que eu juro sempre quase cair delas e saí do aeroporto. Passeei meu olhar pelo lugar.
─── Está atrasada docinho. ─── Ele disse e eu olhei para trás. Estava sentado no capô do carro. Usava óculos, uma camiseta preta e uma calça jeans super descolada até, além de um moletom que estava sobre seu ombro.
─── Eu poderia não ter vindo. ─── Dei de ombros caminhando até ele.
─── Eu seria a pessoa mais triste do mundo se você fizesse isso. ─── Agarrou minha cintura e me puxou para ele, colando nossos lábios em um beijo calmo e doce. ─── Pronta pra conhecer a faculdade?
─── Prontíssima.
─── Consegui falar com a sua tia. Digamos que ela é uma mulher bem manipulável. ─── Ele riu entrando no carro. ─── Pediu um salário mínimo por mês pra ficar de boca fechada.
─── Meu Deus, Noah. Você está pagando a velha pra me ter aqui? ─── perguntei indignada.
─── Não vem. Você foi aprovada na faculdade daqui. Mas seu pai foi babaca o suficiente pra tirar isso de você, então eu arrumei um jeito de te devolver. ─── Ele ligou o carro enquanto eu colocava o cinto. ─── Também já comprei o apartamento onde vamos ficar. ─── Disse me fazendo sorrir largamente.
─── Eu tô realmente muito feliz com isso, mas tô com a sensação de que isso ainda vai acabar em uma catástrofe. ─── Bufei.
─── Talvez, mas até lá, estamos juntos e você está atrás do seu sonho.
─── Você é incrível! ─── Deixei vários beijinhos em seu rosto e ele abriu aquele seu lindo sorriso.
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A merda vem, sim ou claro????
Eu cobraria mais que uma salário mínimo, a tia vacilou. Noah cheio da grana, né gente?
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